O brasileiro é o povo que mais se sentiu solitário durante a pandemia, de acordo com pesquisa do Instituto Ipsos, que ouviu 23 mil pessoas de 28 países. Segundo o levantamento, 50% dos mil entrevistados no Brasil disseram que sentiram solidão “muitas vezes”, “frequentemente” ou “sempre”. Os turcos, indianos e sauditas também estão no topo desse ranking. Do outro lado, estão os holandeses como o povo que menos sofre de solidão.
De acordo com psicólogas, esse resultado reflete o perfil do brasileiro, que valoriza a interação familiar e com amigos. “A cultura brasileira é marcada pelo contato e experiência social. E o distanciamento, preconizado como medida de combate a transmissão do vírus, entra em confronto com essa cultura, gerando sofrimento psíquico em inúmeros brasileiros”, explica Cláudia Cruz, psicóloga da S.O.S. Vida.
A também psicóloga da S.O.S. Vida, Gabriela Oliveira, completa explicando que a solidão não tem relação direta com estar sozinha. “É possível se sentir sozinho mesmo acompanhado de outras pessoas. A pessoa precisa entender o que é que a preenche, o que realmente importa para elas. Porque outras coisas mal resolvidas internamente podem gerar esse sentimento de solidão e causar sofrimento psíquico”, pondera.
Fim à solidão – Ao mesmo tempo que esse sentimento é registrado, é visível o desrespeito ao isolamento social em todo país, com flagrantes de praias lotadas, festas clandestinas e outras aglomerações. Para as especialistas, diversos fatores podem levar a população a tentar preencher essa “solidão” desrespeitando o isolamento social.
Uma possibilidade é a fuga da realidade. “Ao mesmo tempo que as pessoas valorizam a interação social, têm pouco senso de coletividade e responsabilidade com o outro. Querem estar com a família e amigos, mas não cuidam do outro, porque têm baixa tolerância a frustração. Portanto, possuem um comportamento de fuga da realidade, negando o que estão vivendo para não viver experiências desagradáveis”, pontua Gabriela.
Para a psicóloga Cláudia Cruz, a fadiga da quarentena também pode levar ao descumprimento das medidas de prevenção ao coronavírus de forma inconsciente. “O cansaço e desgaste emocional faz com que diminua a motivação para manter as precauções. O ser humano tem dificuldade em se manter engajado por muito tempo, além disso tem uma tendência a buscar o que dar prazer, como a interação social”.
Alternativas – Para as especialistas, a população pode traçar estratégias para evitar o sentimento de solidão. A mais importante é ter em mente que a pandemia exige o distanciamento físico, mas não social. Portanto, é possível buscar outras alternativas para manter a interação com os familiares e amigos mesmo distante fisicamente.
Realizar atividades lúdicas e esportivas também ajudam a manter a sensação de bem-estar. Caso o sentimento de solidão já esteja presente e causando sofrimento psíquico, Cláudia Cruz sugere buscar orientação de um especialista. Além disso, ela orienta a manutenção de uma rede de apoio, procurando ajuda de alguém de confiança, já que a troca de experiência gera sensação de pertencimento e ajuda a combater a solidão.
O brasileiro é o povo que mais se sentiu solitário durante a pandemia, de acordo com pesquisa do Instituto Ipsos, que ouviu 23 mil pessoas de 28 países. Segundo o levantamento, 50% dos mil entrevistados no Brasil disseram que sentiram solidão “muitas vezes”, “frequentemente” ou “sempre”. Os turcos, indianos e sauditas também estão no topo desse ranking. Do outro lado, estão os holandeses como o povo que menos sofre de solidão.
De acordo com psicólogas, esse resultado reflete o perfil do brasileiro, que valoriza a interação familiar e com amigos. “A cultura brasileira é marcada pelo contato e experiência social. E o distanciamento, preconizado como medida de combate a transmissão do vírus, entra em confronto com essa cultura, gerando sofrimento psíquico em inúmeros brasileiros”, explica Cláudia Cruz, psicóloga da S.O.S. Vida.
A também psicóloga da S.O.S. Vida, Gabriela Oliveira, completa explicando que a solidão não tem relação direta com estar sozinha. “É possível se sentir sozinho mesmo acompanhado de outras pessoas. A pessoa precisa entender o que é que a preenche, o que realmente importa para elas. Porque outras coisas mal resolvidas internamente podem gerar esse sentimento de solidão e causar sofrimento psíquico”, pondera.
Fim à solidão – Ao mesmo tempo que esse sentimento é registrado, é visível o desrespeito ao isolamento social em todo país, com flagrantes de praias lotadas, festas clandestinas e outras aglomerações. Para as especialistas, diversos fatores podem levar a população a tentar preencher essa “solidão” desrespeitando o isolamento social.
Uma possibilidade é a fuga da realidade. “Ao mesmo tempo que as pessoas valorizam a interação social, têm pouco senso de coletividade e responsabilidade com o outro. Querem estar com a família e amigos, mas não cuidam do outro, porque têm baixa tolerância a frustração. Portanto, possuem um comportamento de fuga da realidade, negando o que estão vivendo para não viver experiências desagradáveis”, pontua Gabriela.
Para a psicóloga Cláudia Cruz, a fadiga da quarentena também pode levar ao descumprimento das medidas de prevenção ao coronavírus de forma inconsciente. “O cansaço e desgaste emocional faz com que diminua a motivação para manter as precauções. O ser humano tem dificuldade em se manter engajado por muito tempo, além disso tem uma tendência a buscar o que dar prazer, como a interação social”.
Alternativas – Para as especialistas, a população pode traçar estratégias para evitar o sentimento de solidão. A mais importante é ter em mente que a pandemia exige o distanciamento físico, mas não social. Portanto, é possível buscar outras alternativas para manter a interação com os familiares e amigos mesmo distante fisicamente.
Realizar atividades lúdicas e esportivas também ajudam a manter a sensação de bem-estar. Caso o sentimento de solidão já esteja presente e causando sofrimento psíquico, Cláudia Cruz sugere buscar orientação de um especialista. Além disso, ela orienta manutenção de uma rede de apoio, procurando ajuda de alguém de confiança, já que a troca de experiência gera sensação de pertencimento e ajuda a combater a solidão.