Não está fácil conseguir reduzir o consumo da energia elétrica no ambiente doméstico. Verão com altas temperaturas, muitas pessoas trabalhando em sistema de home office, aulas online e televisão ligada por longas horas, fizeram disparar o preço das faturas de energia. Diante das dúvidas de como proceder para conseguir baixar o consumo da energia, o engenheiro Raul Santos, coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Unijorge, listou algumas mudanças de comportamento das pessoas que podem auxiliar neste objetivo.
O abre e fecha constante da geladeira e longos banhos quentes ainda são os vilões do consumo de energia, responsáveis por mais de 50% do valor da fatura. Mas, segundo o professor, tudo pode impactar, como o uso excessivo da máquina de lavar roupas e louças, a manutenção de inúmeros aparelhos de tv e computadores ligados, celulares sendo carregados todo o dia ou durante a noite toda, além de luzes acesas em cômodos vazios. Manter equipamentos ligados na tomada mesmo sem estar sendo utilizado consome energia, é o mesmo deixar o chuveiro ligado sem ninguém para tomar banho.
“As pessoas precisam se conscientizar sobre isso e traçar metas de redução. Todos devem estar envolvidos”, disse o professor da Unijorge. Segundo ele, com um pouco de organização é possível conseguir baixar o consumo de energia. O professor dá algumas dicas. Para quem está trabalhando em casa, ele recomenda que se defina horários de trabalho e que só ligue dispositivos, como impressoras, quando necessário. É importante evitar carregar o celular a todo momento, pois além de desgastar o equipamento, aumenta o consumo e pode gerar acidentes.
É importante evitar abrir a geladeira o tempo todo. Regular os horários do aparelho de ar-condicionado, reduzir tempo de banho, utilizar a opção verão no aparelho e aproveitar a varanda como ambiente principal para o trabalho e aulas, pois na maior parte do dia é a parte mais ventilada da casa com melhor iluminação. Importante ainda evitar o uso de lâmpadas incandescentes, trocando-as por lâmpadas fluorescentes de baixa potência ou LEDs.
Segundo Raul Santos, uma ação constantemente ignorada é a revisão da rede elétrica do imóvel, pois ela pode não ter sido dimensionada para a quantidade de carga que está fornecendo nestes dias de pandemia e isto pode gerar aquecimentos no sistema. “Este aquecimento representa um aumento importante do consumo por perda de energia, além de trazer riscos de acidentes”, disse ele.
O uso de energias alternativas já é uma realidade no Estado. O professor lembra que a energia solar é o mais viável domesticamente, eficiente e o custo se paga em um máximo de quatro anos, além de representar uma alternativa a possíveis apagões elétricos no país. Neste contexto, Santos fala da importância do engenheiro elétrico para avaliar as instalações da rede elétrica e indicar energias alternativas. “O mercado para engenheiro elétrico sempre foi muito bom, com capacidade de atuar em muitos setores da indústria, como a petroquímica, automobilística, têxtil entre outras. Mais do que nunca esta profissão está valorizada pela sua importância no contexto em que vivemos”, afirma o engenheiro Raul Santos, coordenador dos cursos Presencial e Semipresencial de Engenharia Elétrica da Unijorge.