“Um ataque sórdido, sem provas, ao Supremo Tribunal Federal e aos seus ministros é crime e não se confunde com `liberdade de expressão’ e muito menos com o instituto da imunidade parlamentar. Para que se mantenha a democracia e a própria liberdade, é preciso ter respeito. Podemos discordar de uma decisão da Justiça, e até nos opormos a ela, mas não podemos ofender nem ameaçar a quem quer que seja, muito menos a magistrados. Sem contar que o deputado do Rio de Janeiro ainda defendeu a ditadura militar. Não há outra decisão para a Câmara dos Deputados que não a cassação do mandato, principalmente após o Supremo Tribunal Federal (STF) manter, por 11 votos a 0, a prisão de Daniel Silveira”, disse o declarou o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, deputado Adolfo Menezes, em entrevista, hoje (18.02) ao jornalista Casemiro Neto, no programa QVP, na TV Aratu.
Menezes criticou ainda o nosso sistema político-eleitoral, que permitiu a candidatura do deputado fluminense. “Ele foi da Polícia do Rio de Janeiro, antes de assumir o mandato, em 2019, e passou 80 dias detido no quartel entre 2013 e 2017, em virtude de numerosas transgressões disciplinares, por atrasos e faltas ao serviço. Com 60 sanções disciplinares, 14 repreensões e duas advertências, mesmo assim ele ainda foi eleito para representar o Rio de Janeiro. Essa leniência e toda essa permissividade é que geram essas aberrações políticas”, reclama o chefe do Legislativo estadual.