O vice-governador João Leão negou um suposto acordo entre PP e DEM para eleger o deputado federal Arthur Lira como presidente da Câmara dos Deputados em 2021 em troca do apoio dos progressistas aos candidatos democratas nas eleições estaduais de 2022. “Ninguém conversou absolutamente nada comigo”, declarou ele.
O arranjo chama a atenção porque, se confirmado, poderá ter reflexos na eleição da Bahia, uma vez que o prefeito ACM Neto (DEM) pretende entrar na corrida eleitoral ao Palácio de Ondina. Leão atualmente é aliado do governador Rui Costa (PT), que deve apoiar um candidato próprio. Neto, inclusive, também negou a existência desse acordo.
Questionado se o PP vai caminhar com o grupo petista no próximo pleito, Leão tergiversa e afirma que ainda há muito debate pela frente. Segundo ele, além das duas siglas, o PSD também pode lançar um nome próprio.
“O candidato do governador Rui Costa será… Você tem três candidatos: ou é Jaques Wagner, ou Otto Alencar ou João Leão. E eu sou o mais flexível. Tanto posso apoiar Otto como posso apoiar Jaques Wagner. Não tem problema nenhum. Vamos conversar e discutir”, diz.
Indagado pela reportagem se está mesmo disposto a sair com uma candidatura independente ao Governo do Estado, ele afirma: “Se a Bahia quiser… É aquela velha história: quem decide é o povo. O candidato a governador não pode impor o nome. Tem que discutir e conversar. E ter farinha no saco”, finaliza.
Vale lembrar que, nos bastidores, Leão é visto como um político habilidoso e que tem bom trânsito entre as mais diferentes correntes políticas. Inclusive, ele teve papel importante nos últimos dois anos ao fazer a interlocução entre a Bahia e o governo Jair Bolsonaro.
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