Termina em março o prazo para o presidente Jair Bolsonaro colher as assinaturas referentes a criação de seu novo partido o “Aliança pelo Brasil”. Caso não consiga ele terá que escolher uma nova legenda e os partidos do centrão são uma opção. Segundo reportagem do jornal O globo, o PP que na Bahia é chefiado por João Leão seria uma opção viável para o presidente atualmente sem partido. em entrevista ao portal Bahia Econômica, o vice-governador da Bahia, alegou que o PP nacional não representa o PP da Bahia, que está fechado com o governador Rui Costa (PT). (Veja aqui). Atualmente o Aliança pelo Brasil ainda não conseguiu nem 10% das 492 mil assinaturas necessárias para o registro da legenda junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O prazo foi revelado pelo presidente em conversa com uma apoiadora na chegada ao Palácio da Alvorada, no fim da tarde. A mulher disse integrar o Aliança pelo Brasil de União da Vitória, no Paraná, ao que Bolsonaro comentou— Não é fácil formar um partido hoje em dia. A gente está tentando, mas se não conseguir a gente em março vai ter uma nova opção, tá ok? — declarou.
Além do PP, outras legendas que integram o Centrão e que estão alinhadas ao governo, como o PR e Republicanos, estão entre as opções para abrigar Bolsonaro. Na Câmara dos Deputados, esses partidos têm dado sustentação à base aliada do governo e auxiliado na aprovação de temas importantes para a área econômica. Apesar das antigas críticas do presidente e de seus apoiadores aos partidos do Centrão, o governo Bolsonaro se aproximou desse grupo em meados de junho deste ano.
Bolsonaro foi filiado ao PP, presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), por nove anos. Este ano, Bolsonaro estreitou ainda os laços com as legendas do Centrão participando de reuniões com dirigentes partidários como Valdemar da Costa Neto, do PL, e também com Gilberto Kassab, do PSD. O presidente também tem bom diálogo com Marcos Pereira, presidente do Republicanos, partido escolhido pelo filho 01, senador Flávio Bolsonaro (RJ), para se filiar após deixar o PSL no ano passado.
Bolsonaro e Flávio deixaram o PSL, do deputado federal Luciano Bivar (PE), depois de consecutivas brigas pelo comando dos diretórios estaduais, que recebem parte dos recursos milionários partidários que a legenda passou a ter direito após as eleições presidenciais de 2018. Nem mesmo o retorno de Bolsonaro ao PSL está descartado. O presidente já admitiu que poderia voltar a conversar com Bivar sobre uma reaproximação com a legenda. Neste momento, porém, Bivar evita comentar essa possiblidade porque está em campanha para se tornar um nome viável à sucessão de Rodrigo Maia (DEM) na presidência da Câmara. Aliados de Bivar avaliam que o candidato de Rodrigo Maia não pode estar atrelado ao governo, já que Bolsonaro tem defendido apoio a Arthur Lira (PP-AL), que disputa em outra frente.
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Por: João Paulo Almeida / https://bahiaeconomica.com.br/