O dia 23 de setembro foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial do Combate ao Estresse. A data é uma oportunidade para conscientizar as populações sobre os perigos do estresse prolongado na saúde. O neurocientista, neuropsicólogo, psicanalista e nutricionista clínico Fabiano de Abreu mostra como este é um dos piores males para a saúde mental.
“Insônia, prisão de ventre, transtornos alimentares, problemas cardíacos, doenças de pele, envelhecimento precoce. Todas estas doenças causam uma série de transtornos para o corpo, e a semelhança entre elas é que tudo pode ter uma origem comum: o estresse. Hoje, dia 23 de setembro, é dia de conscientizar sobre os riscos que este mal da saúde mental pode causar na pessoa.”, esclarece.
Além de tudo isso, o neurocientista, neuropsicólogo, psicanalista e nutricionista clínico, Fabiano de Abreu, explica que “o estresse leva a disfunções cerebrais que podem levar à morte por doenças comuns como uma simples gripe já que resulta da baixa imunidade”. A origem do estresse não é algo atual, recente, ou exclusivo da nossa forma de vida moderna, mas sim, algo bem mais antigo. Fabiano conta que este mal “é um instinto natural humano que está sendo motivado de maneira errada, já que estamos vivendo numa era em que utilizamos nossos instintos para questões banais em relação à sobrevivência”. O estresse, ele completa, “não é um sentimento nem uma emoção, e sim uma reação rápida para fugirmos do perigo ou pelo acúmulo de pendências que decidimos que devem ser resolvidas, quando no passado ele era apenas um mecanismo de fuga rápido para o perigo”.
Já nos dias atuais, a questão está envolvida diretamente com os neurotransmissores, conforme detalha o neurocientista: “Estamos confundindo nossos neurotransmissores, nossos mensageiros químicos que estão programados para um estilo de vida mais primitivo quando vivemos um momento que nos tornamos viciados em liberar dopamina, hormônio da recompensa, criando diversas metas e pendências para serem resolvidas a todo o tempo”. O resultado disso, Fabiano detalha que “as glândulas suprarrenais produzem a adrenalina, noradrenalina e o cortisol, este último o hormônio responsável por auxiliar o organismo a reduzir as inflamações e contribuir para o bom funcionamento do sistema imunológico. Quando o estresse ataca, o cérebro manda liberar a produção de cortisol o tempo todo, como sob estresse crônico por exemplo, a imunidade está constantemente suprimida.”.
E os efeitos ainda podem ser mais devastadores. O neurocientista explica ainda que “os níveis elevados de cortisol na corrente sanguínea geram um aumento na frequência cardíaca e no nível de açúcar no sangue, já que precisa de mais energia para o seu trabalho, o que explica tantos casos de diabetes, obesidade, hipertensão, infarto, alteração do sono, queda de cabelo e dores musculares, entre outros, nas pessoas estressadas”. E com isso, “este esforço leva à fadiga, já que os recursos de energia tornam-se mais difíceis do que o normal”. Fabiano de Abreu ainda alarma: “o estresse frequente pode deixar o corpo desprovido de energia levando a uma fadiga crônica.”
Mas o que fazer?
De acordo com o neurocientista Fabiano de Abreu, é preciso mudar completamente os hábitos se a pessoa deseja ficar livre do estresse. De imediato, ele ressalta, “é necessário relaxar, fazer atividades físicas para liberar endorfina, serotonina e dopamina, que são os neurotransmissores do prazer, humor e recompensa. Além disso, ingerir alimentos que controlem o açúcar e também ajudam na memória, na pressão arterial e possuem gorduras essenciais para moderar os hormônios do estresse como ovo, abacate, brócolis, espinafre, peixe, aveia, frutos sexos, chocolate amargo, leite e derivados. Iogurte com lactobacilos ajuda na harmonia da microbiota intestinal que tem interferência no estresse”. Também é indicado, recomenda o especialista, a meditação, o convívio com pessoas, a leitura, o aprendizado de técnicas de respiração e terapias.
A resposta ao estresse, lembra Fabiano de Abreu, faz com que “o organismo passe a desencadear mudanças fisiológicas, psicológicas e emocionais que aumentam sua capacidade para lidar com o perigo. O corpo funciona devido a mensageiros químicos que controlam o humor e quando forçamos uma disfunção, desencadeamos diversos problemas para a saúde mental”. De uma forma franca, o neurocientista salienta que “a maioria das doenças relacionadas à mente estão relacionados ao nosso comportamento, portanto, são os hábitos que farão a diferença para uma melhor saúde mental”.
Quando a pessoa tem um ataque de fúria durante o estresse, Fabiano sinaliza que isso acontece quando “há falha no transporte de mensagem para a região racional do cérebro devido às disfunções neuronais que ocorrem no indivíduo, que já apresenta essas disfunções nos neurotransmissores”, daí a pessoa acaba explodindo e descarregando nos outros, finaliza.
Referências profissionais
Fabiano de Abreu é um escritor luso-brasileiro com graduação em neurociência na Emil Brunner World University na Califórnia e em Harvard ambas nos Estados Unidos. Também formado em neuropsicologia na Cognos de Portugal, em psicanálise, neuropsicanálise, psicopedagogia e neurociência cognitiva pelo Instituto Gaio, membro da Unesco no Brasil e também com formação na Sociedade Brasileira de Psicanálise Clínica no Brasil, em nutrição clínica e riscos psicossociais na TrainningHouse em Portugal, em Filosofia na Universidade Autónoma de Madrid e na Carlos III na Espanha e muitas outras formações além de jornalista internacional. É membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra e possui um QI de 200 desvio padrão 24, 148 desvio padrão 15 ou percentil 99 sendo considerado um dos maiores registros do mundo. Autor de 8 livros, pretende ainda este ano chegar a 10 livros lançados.
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Artigo
Dia mundial do estresse
Texto de Fabiano de Abreu
Hoje é o dia mundial do estresse, um dos piores males para a saúde mental já que o estresse leva a disfunções cerebrais que podem acarretar em diversos problemas. Desde transtornos, síndromes, depressão e até mesmo atitudes impensáveis que trazem danos para si ou para outras pessoas. O estresse também pode resultar em sintomas como insônia, prisão de ventre, transtornos alimentares, problemas cardíacos, doenças de pele, envelhecimento precoce, ou seja, doenças e sintomas que levam a mais doenças.
O estresse também pode levar à morte por doenças comuns como uma simples gripe já que, ele resulta na baixa imunidade.
Vou relatar de forma resumida o problema do estresse desde a raiz e colocar algumas possíveis soluções para nos livrarmos deste “mal” entre aspas, pois é um instinto natural humano que está sendo motivado de maneira errada já que estamos vivendo numa era em que utilizamos nossos instintos para questões banais em relação à sobrevivência. O estresse não é um sentimento nem uma emoção e sim uma reação rápida para fugirmos do perigo ou pelo acúmulo de pendências que decidimos que devem ser resolvidas, quando no passado ele era apenas um mecanismo de fuga rápida para o perigo.
Estamos confundindo nossos neurotransmissores, nossos mensageiros químicos que estão programados para um estilo de vida mais primitivo quando vivemos um momento que nos tornamos viciados em liberar dopamina, hormônio da recompensa, criando diversas metas e pendências para serem resolvidas todo o tempo
Em uma das minhas teses científicas, sobre o motivo que andamos mais fadigados, me aprofundei no estudo do estresse já que ele é responsável, também, pela fadiga cotidiana.
No estresse, as glândulas suprarrenais produzem a adrenalina, noradrenalina e o cortisol, este último o hormônio responsável por auxiliar o organismo a reduzir as inflamações e contribuir para o bom funcionamento do sistema imunológico. Quando o estresse ataca, o cérebro manda liberar a produção de cortisol o tempo todo, como sob estresse crônico por exemplo, a imunidade está constantemente suprimida.
Os níveis elevados de cortisol na corrente sanguínea geram um aumento na freqüência cardíaca e do nível de açúcar no sangue, já que precisa de mais energia para o seu trabalho, por isso casos de diabetes, obesidade, hipertensão, infarto, alteração do sono, queda de cabelo, dores musculares, entre outros nas pessoas estressadas. Este esforço leva à fadiga já que os recursos de energia tornam-se mais difícil do que o normal. Estresse frequente pode deixar o corpo desprovido de energia levando a uma fadiga crônica.
O estresse pode trazer inúmeros males e este texto é apenas um resumo com pontos principais, um deles são os ataques de fúria que estão relacionados à perda da razão já que o estresse pode desencadear falha no transporte de mensagem de memória para a região racional do cérebro devido às disfunções neuronais que ocorrem no indivíduo que já apresenta essas disfunções nos neurotransmissores.
É necessário relaxar, fazer atividades físicas para liberar endorfina, serotonina e dopamina, neurotransmissores do prazer, humor e recompensa. Alimentos que controlam o açúcar e também ajudam na memória, na pressão arterial e possuem gorduras essenciais para moderar os hormônios do estresse como ovo, abacate, brócolis, espinafre, peixe, aveia, frutos sexos, chocolate amargo, leite e derivados. Iogurte com lactobacilos ajuda na harmonia da microbiota intestinal que tem interferência no estresse. Também é recomendado a meditação, convívio com pessoas, técnicas de respiração e terapias.
A resposta ao estresse faz com que o organismo passe a desencadear mudanças fisiológicas, psicológicas e emocionais para aumentar a capacidade do organismo para lidar com o perigo. Nosso organismo funciona devido a mensageiros químicos que controlam o nosso humor e quando forçamos uma disfunção, desencadeamos diversos problemas para a nossa saúde mental. A maioria das doenças relacionadas à mente estão relacionados ao nosso comportamento, portanto, são os hábitos que farão a diferença para uma melhor saúde mental.
Neurocientista, neuropsicólogo, psicanalista e nutricionista clínico Fabiano de Abreu
Release da dermatologista
Problemas de pele podem indicar excesso de ansiedade ou estresse, alerta dermatologista
Dia 23 de setembro foi escolhido como o Dia Mundial do Combate ao Estresse para conscientizar a populações sobre os perigos do estresse prolongado na saúde
Olheiras, bolsas em baixo dos olhos, rugas. É na pele que aparecem as primeiras consequências, visíveis, do estresse prolongado. Caracterizado por um estado de alerta, que provoca reações físicas e emocionais, o estresse não é apenas um estado emocional, mas mecanismo fisiológico de sobrevivência. O problema acontece quando esse estado se torna crônico, o que torna o organismo mais vulnerável a doenças, como as relacionadas a pele.
De acordo com a médica dermatologista Dra. Hellisse Bastos, grande parte das doenças de pele tem uma ligação com o estado emocional do paciente, que pode provocar tanto o surgimento, quanto o agravamento das condições. “Durante esse estado, o corpo libera Cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, que é capaz de condicionar o organismo a um estado inflamatório e a imunidade baixa quando entra em um estado alterado a longo prazo, prato cheio para que doenças de pele ataquem”, explica.
Há ainda estudos que relacionam o estresse com o envelhecimento precoce, à exemplo de uma pesquisa publicada no periódico Inflamm Allergy Drug Targets, que expôs que a liberação constante de cortisol causada pelo estresse crônico pode causar atrofia cutânea e reduzir a quantidade fibroblastos, responsável por sintetizar substâncias como colágeno e elastina, responsáveis pela firmeza da pele. Sem contar que o aumento na liberação de adrenalina ocasiona menor reparação celular, assim como geram mais radicais livres, ambos associados ao processo de envelhecimento, pontua a dermatologista.
Outro agravante é que o estresse não vem sozinho. Sono de baixa qualidade e alimentação ruim tendem a vir acompanhados desse quadro. “São alterações que modificam a produção hormonal e a barreira protetora da pele, tornando-a mais suscetível a alergias, assim como também pode afetar a produção das glândulas sebáceas e agravar a acne”, exemplifica a dermatologista que destacou algumas doenças que podem se desencadear desse desequilíbrio emocional:
Psoríase
Reconhecida por lesões avermelhadas e descamativas, a Psoríase é uma doença inflamatória que tem o estresse como fator agravante. “O fator genético é, geralmente, a causa das lesões, mas é ao se submeter a níveis de estresse constantes que as crises da doença podem surgir”, elucida Dra. Hellisse Bastos.
Dermatite atópica
Nessa condição, a camada protetora da pele é alterada, o que causa sintomas como infecções cutâneas, alergia e coceira. No quadro de estresse, essa barreira protetora sofre ainda mais baixas, já que há redução na produção e diferenciação das células que compõem essa camada protetora, favorecendo a doença, aponta a dermatologista.
Acne
No caso da acne, o aumento de Cortisol causa alteração nos hormônios androgênios, que acabam acionando as glândulas sebáceas, que por sua vez, liberam óleos na pele e causam espinhas e cravos. “Além disso, um Cortisol alterado associado a uma má alimentação, também são catalisadores do problemas. Cuidados como evitar espremer e lavar o rosto com os produtos adequados devem ser tomados. Caso a situação se agrave, o dermatologista deve ser acionado para um tratamento mais profundo da causa”, aponta Dra. Hellisse Bastos.