Estamos vivenciando dias difíceis, dias de lutas, dias de guerra contra um mal invisível. Falar em Covid-19 é relembrar e vivenciar relatos de vidas que foram ceifadas e tantas outras que deram a volta por cima e dar-se-á testemunho de como foi vencer uma guerra. Ainda estamos engatinhando na propagação e nas curas. Ainda estamos imersos em um oceano de tantos medos e incertezas.
Apesar dos apesares, uma coisa que nos move com mais bravura se chama Fé. O brasileiro por si só tem inerentemente essa movedora que a cada dia o faz ver no horizonte motivos de viver e não deixar se abater. Mas a fé, meus amigos, não enche barriga. A fé sem obras é morta! Já dizia São Tiago em seu livro capítulo 2, versículo 17. É triste vermos que mesmo em situação de pandemia, muitos líderes se preocupam mais com o ter do que o dar.
É preciso dizer: Meu Povo Sente Fome! E não é uma fome de três meses, meus amigos. Fome não tem data de vencimento. Não se prorroga. Fome mata como um mal invisível está matando. Plausíveis são as medidas tomadas pelos governos em todas as esferas para poder pelo menos sanar um pouco dessa fome. E nós, o que temos feito? São muitas também as pessoas que se juntaram e ainda estão se mobilizando para agariar alimentos para aqueles que sentem fome, mais plausível ainda! Mas é preciso dizer: não exponha. Faça em silêncio que é em silêncio que Deus nos ouve e nos retribui. Para quê fotos? Já não basta a fome, meu povo também tem que passar constrangimento? Vide o que diz São Mateus em seu livro capítulo 6, versículos 3 e 4: “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente”.
Em suma, é tempo de nos unirmos ainda mais. De darmos as mãos simbolicamente mas se consumando em atitudes. Que não sejamos obrigados a doar por intermédio de lives. Que não sejamos tão gananciosos em uma fila de mercado. Que a vida do outro seja em mim sinal de empatia e compaixão. Que tenhamos consciência que meu povo grita de fome não por três meses – repito – mas por um longo período de tempo já nos diz as Nações Unidas nesta semana: “A estimativa é que o número de pessoas em situação grave de fome no mundo possa dobrar para cerca de 265 milhões de pessoas”. Façamos o mínimo, mas façamos pois como diz um velho ditado: “O pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é nada”. Venceremos!
Por Mateus Mozart Dórea – Filósofo pelo Destino – Graduando em Direito pela Universidade Católica do Salvador