O secretário de Mobilidade Urbana de Salvador, Fábio Mota, admite que o preço da passagem de ônibus em Salvador é elevado. Em entrevista ao programa Isso é Bahia, na Rádio A TARDE FM, na manhã desta segunda-feira, 9, Mota apontou um fator para a composição do valor cobrado na capital.
“A principal razão é a questão da gratuidade. A gratuidade impacta muito. Não existe almoço de graça. Não tem empresário bonzinho. Quando uma pessoa chega aos 65 anos e passa a andar de graça, quem paga a tarifa são os outros que estão rodando na cidade”, explicou.
Na tarde desta segunda, ocorrerá mais uma reunião entre a prefeitura, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e as empresas que integram o consórcio responsável pelo transporte público da cidade. Na pauta, estará a busca por acordo para que o novo valor da tarifa possa ser anunciado. A expectativa, segundo o titular da Semob, é que a passagem saia dos atuais R$ 4,00 e vá para R$ 4,20.
“O que iremos buscar, no MP-BA, é o cronograma e o debate sobre esse assunto. A partir disso, a gente vai admitir a questão do aumento e a questão da tarifa. O prefeito já declarou que não passará da reposição inflacionária. Pela posição da inflação, seria R$ 4,20”, informou Mota.
Ônibus com ar-condicionado
Na entrevista, Fábio Mota explicou que o contrato firmado com o consórcio em 2014 não previa ônibus com ar-condicionado na cidade de Salvador. Um termo de ajustamento de conduta foi feito para que a cada ano, durante quatro anos, a cidade receba 250 ônibus equipados. No entanto, a CSN, uma das três empresas do consórcio, não conseguiu cumprir o acordado.
“Uma das empresas, a CSN, tinha que entregar 80, só conseguiu entregar 30, e alegou que teve dificuldade de conseguir um financiamento. O MP-BA deu um prazo de 48h para que a empresa comprovasse a compra dos ônibus. O documento foi entregue na sexta-feira, 6, e lá consta que até 30 de maio chegarão estes 50 ônibus”, relatou.