Em 2 de março de 1996, a morte dos Mamonas Assassinas comoveu o Brasil. Alecsander Alves (o Dinho), Bento Hinoto, Samuel Reoli, Sérgio Reoli e Júlio Rasec estavam no auge quando uma tragédia pôs fim precoce ao grupo que fez o Brasil cantar sucessos divertidos como ‘Pelados em Santos’, ‘Vira-Vira’ e ‘Robocob Gay’.
Na noite daquele sábado, os Mamonas Assassinas voltavam para Guarulhos (São Paulo) de um show em Brasília (Distrito Federal), quando o jatinho em que estavam chocou-se contra a Serra da Cantareira.
O acidente matou todos a bordo: os integrantes do grupo (com idades entre 22 e 28 anos), piloto e copiloto, além de dois funcionários da banda, o segurança e o roadie – que, inclusive, era primo de Dinho.
A causa teria sido uma manobra errada feita pelo piloto, Jorge Germano Martins, mas muitos detalhes permeiam o caso da morte do grupo, incluindo as condições meteorológicas.
Vários fatores contribuíram para o acidente na Serra da Cantareira, entre eles a inexperiência do copiloto, Alberto Takeda, que tinha horas insuficientes para aquele tipo e modelo de aeronave.
Outro ponto teria sido a fadiga do piloto que, segundo apontou o relatório final da Aeronáutica, foi submetido a uma jornada de trabalho exaustiva. Ao todo, ele fez um expediente de 16h30, sendo que o máximo permitido era 11 horas de voo.
Martins pilotou a aeronave em 1º de março – de Caxias do Sul (Rio Grande do Sul) para Piracicaba (São Paulo) – e no dia 2 fez o trajeto de Piracicaba a Guarulhos, de Guarulhos a Brasília e de Brasília de volta a Guarulhos.
(Revista Cifras)