Nessa semana postei dois vídeos em meu feed do Instagram que falava de dois temas respectivamente: o padrão de beleza e o ser independente frente aos sentimentos e a razão. Como estamos inseridos em um mundo digital e de propostas tão atraentes, somos reféns direta ou indiretamente desse “buh” tecnológico. Minha mãe que dizia nunca querer um smartphone, hoje às 00h se receber uma mensagem, responde no mesmo instante. Meus tios que também diziam a mesma coisa, se hoje o smartphone quebra, me ligam assustadoramente para poder consertar. É incrível, meus amigos, que querendo ou não, temos que nos adaptar às mudanças da vida e do cotidiano.
Com essas mudanças nos tornamos vulneráveis a tudo que poderá chegar na nossa palma da mão. São mentiras e mais mentiras, hoje gourmetizadas como Fake News; são correntes que nos põe medo se não repassarmo-las; são fraudes e vírus e por quê não, hackers? Sim, é o mundo ao nosso alcance. A pressão que sai desse mundo tecnológico é também enorme no tocante aos usuários das redes sociais – que são muitas! O mundo das ilusões estampado nos “stories” da vida, faz com que reflitamos se estamos realmente bem ou somos desprovidos de tanta felicidade. Sim, a felicidade parece ser duradora, mas não é. A ostentação parece ser eterna, mas não é. As pessoas por detrás de um touchscreen – das telas dos smartphones – não são reais.
O padrão de beleza é um ponto que vem tomando conta e se alastrando por todas as plataformas de relacionamentos. Está belo conforme os ditames de outrem é ter cabelo liso, nariz fino, corpo escultural, sarada e por quê não malhado? As academias estão repletas de pessoas – creio eu minimamente – que se preocupam com esse estar no padrão. Gostaria de possuir toda energia de acordar muito cedo, ficar em “forma” e esbanjar toda energia em um stories pós momento fitness. O belo, meus amigos, é algo subjetivo. Não se deve impor! O belo é o que me agrada e o que eu faço para não forçar a pessoa a ser. Devemos ser como somos e não como a sociedade, as redes sociais e outrem impõe.
Em suma, é preciso pormos em prática um ensinamento que a Filosofia sempre disponibilizou aos seus: utilizar da razão e os sentimentos para pesar a conduta da nossa vida. É preciso muita cautela e observância ao que parece ser, mas não é. Quando a beleza externa fala mais alto que a interna, temos uma sociedade cada vez mais doente, mente fechada, preconceituosa, ameaçadora. É preciso termos autonomia e não deixar que as interferências externas comandem o nosso ser. Seja você! Isso é ter personalidade.
Por Mateus Mozart Dórea – Filósofo pelo Destino – Graduando em Direito pela Universidade Católica do Salvador.