Milhares de pessoas passam todos os dias pela Estação Acesso Norte, em Salvador, e foi neste local que a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), através da Coordenação do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo, realizou nesta quinta-feira (25), ação de panfletagem da Campanha Coração Azul, com o objetivo de mobilizar a sociedade sobre o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Segundo as últimas estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 2 milhões de pessoas são traficadas por ano, sendo a grande maioria mulheres. “A prática fere por completo a dignidade humana e, na maioria das vezes, a integridade física da vítima, tornando-a extremamente vulnerável em decorrência de ameaças, uso da força, engano, rapto, ou mesmo outras formas de coação, e a informação é uma das formas de enfrentamento”, explica o técnico da SJDHDS, Jean Costa, que participou da ação.
Durante o mês de julho, a secretaria promoveu uma série de ações de orientação em espaços públicos. “Esse tipo de crime é facilitado quando as pessoas não sabem identificar em que tipo de situação estão sendo envolvidas. A prática chama atenção mundial por desrespeitar diretamente os direitos humanos, mas também por ser extremamente rentável para os criminosos. A prevenção é sempre a melhor iniciativa”, destacou Jean.
Funcionário de uma empresa de transporte rodoviário, Luiz Portugal parou para ouvir as orientações e destacou que as informações serão úteis no seu dia a dia. “Trabalho com o público diariamente, muitas vezes uma dessas pessoas podem estar passando por uma situação de perigo e não sabemos como identificar, por isso é importante estar informado e repassar o material para meus colegas”, disse o trabalhador.
As instituições que atuam no enfrentamento ao Tráfico Humano alertam para alguns indícios dessa prática: duvide sempre de propostas de emprego fácil e lucrativo; antes de aceitar, leia atentamente o contrato de trabalho; a atenção deve ser redobrada em caso de propostas que incluam deslocamentos, viagens nacionais e internacionais; evite tirar cópias dos documentos pessoais e deixá-las em mãos de estranhos ou desconhecidos. E em caso de Tráfico de Pessoas, denuncie: Disque: 100 ou 180.
Fotos: Rúbia Lansival – Ascom SJDHDS