Para quem mora no interior do estado nem sempre é possível ir até um museu na capital, mas e se o museu puder ir até você? Foi o que ocorreu com o programa exposição itinerante, do Museu Geológico da Bahia, que durante três dias, recebeu a visita de 20 escolas e cerca de 5 mil pessoas de Sapeaçu e de cidades vizinhas. O órgão, ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), levou ao município um acervo com 400 peças, entre rochas espaciais, fósseis, réplicas e amostras de minérios.
“Foi um momento histórico, não só para os alunos, mas para toda a comunidade. Muitos dos estudantes que aqui vieram não têm oportunidade de ir à capital visitar um museu. Recebemos caravanas de outras cidades: Conceição do Almeida, São Felipe, Muniz Ferreira, Nazaré das Farinhas, Cachoeira, Santo Antonio de Jesus e Castro Alves. Jovens, adultos e idosos ficaram encantados em ver pedras preciosas e minerais”, explicou Silvia Coaxi, diretora do CETEP do Recôncavo, que abrigou a exposição.
Thifany Vitória Pereira, de 17 anos, moradora do município de Castro Alves, disse que a presença do Museu Geologico itinerante foi um presente. “Aprendi muito coisa na mostra e fiquei feliz em ver que mesmo sendo um município pequeno, os professores tiveram a preocupação de fazer o conhecimento chegar até nós”, falou.
Já Diego Cerqueira, de 15 anos, era um dos mais animados, vindo da zona rural e estudante do colégio Nativo do Sacramento, visitava um museu pela primeira vez. “Achei muito interessante! Os vídeos que passaram na sala de cinema foram massa, as pedras são lindas, a pessoa que mostrou tudo para a gente foi bem detalhista”, afirmou.
“É muito gratificante chegar a um município e acolher tantas pessoas com sede em aprender. Para nós do museu é uma satisfação enorme levar conhecimento e divulgar as riquezas da Bahia”, afirma Elisandra Reis, geógrafa do Museu Geológico.