O deputado estadual Robinson Almeida (PT) voltou a defender o afastamento imediato do procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, do Ministério Público depois de reportagem do site The Intercept Brasil em parceria com a Folha de São Paulo revelar que ele fez um plano de negócios de eventos e palestras para lucrar com a fama e contatos obtidos durante as investigações relacionadas a operação. Para o parlamentar, Dallagnol “desonra o Ministério Público” e agiu como “déspota”.
“As novas revelações das mensagens entre Deltan e seus colegas da Lava Jato comprovam a falta de decoro do procurador chefe da operação. Lucrar com a fama é uma desonra com o sistema de justiça. Deltan agiu como um déspota esclarecido ao planejar a burlar as regras do serviço público em benefício próprio”, afirmou Robinson. “Pra não correr o risco de completa desmoralização, o Conselho Nacional do Ministério Público deveria afastar imediatamente Deltan Dallagnol de suas funções e abrir procedimento de correição”, enfatizou o deputado.
A legislação brasileira proíbe que procuradores gerenciem empresas e permite que essas autoridades apenas sejam sócios ou acionistas de companhias.