Em meio aos escândalos denunciados pelo site Intercept, que atingem em cheio o núcleo duro do poder executivo, legislativo e judiciário, o governo Bolsonaro conseguiu aprovar a Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, em sessão que entrou pela madrugada desta sexta-feira (12).
Uma vitória acachapante, 74% a favor e 26% contra, com 70 votos a mais do que o necessário no placar final. Cada voto custou milhões – fala-se em verba entre 20 e 40 milhões para cada deputado em forma de emendas – que saíram do orçamento da saúde, da educação e do social, inclusive do Programa Mais Médicos.
Presente ao plenário, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi claro ao dizer que a liberação de emendas de sua pasta — que totalizaram R$ 1 bilhão — fez parte do esforço para aprovar a reforma.
Na manhã de hoje, a Câmara ainda votava destaques com remendos no projeto aprovado, diante de um país perplexo que ainda soma as perdas com os anos a mais que terá de trabalhar, com a redução no valor da aposentadoria e os cortes nos benefícios sociais, entre outras perversidades.
O governo quer economizar cerca de 1 trilhão, que vai penalizar os trabalhadores, principalmente os idosos, pessoas com deficiência e mulheres, e operários que ganham salário mínimo.
O texto da reforma será votado ainda em segundo turno na Câmara e depois encaminhado para votação no Senado onde primeiro será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para depois ir a plenário.
E você, trabalhador brasileiro, já procurou saber como votou o deputado eleito com seu voto?
CONFIRA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS
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(FOTO: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL)