Uma baiana de 19 anos está em estado vegetativo há oito meses depois de um parto malsucedido, realizado no Hospital Municipal Nossa Senhora da Conceição, em Araci, cidade de 54 mil habitantes, no Nordeste do estado.
Mirene Santos da Silva, segundo a família, teve o útero extraído junto com a placenta no momento do parto, o que causou hemorragia, parada respiratória e convulsões. A gravidez dela, conforme mostram exames de pré-natal da jovem, era considerada normal.
Mirene e Gean no final da gestação; Jordan, o bebê, não ficou com sequelas (Foto: Acervo pessoal) |
O marido, Gean Guimarães da Silva, 21, disse que o parto em Araci era para ter sido cesárea.
“Insistiram em fazer normal, mesmo com o útero dela estando invertido. O útero ficou retorcido e foi arrancado, e ela perdeu muito sangue”, conta.
Ela deu à luz a um menino, Jordan, que não teve sequelas.
Logo após a intervenção cirúrgica, a jovem, que era dona de casa, foi levada às pressas para o Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana, onde ficou por 15 dias entubada e entrou em estado vegetativo. O único movimento que ela faz é abrir os olhos. A família disse que foi informada pelos médicos de que “apenas um milagre pode reverter o caso dela”.
O estado vegetativo, que é diferente do coma, acontece quando uma pessoa está acordada, mas não está consciente e não apresenta movimentos voluntários, sem conseguir interagir com as pessoas ao seu redor.
Consultada sobre o assunto, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que “cumprindo determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Ministério Público, não fornece o estado de saúde e informações sobre pacientes internados na rede de assistência estadual”.
Problemas financeiros
O parto completa oito meses nesta quarta-feira (20), mas só se tornou público esta semana, quando os familiares procuraram a imprensa para denunciar que estão recebendo um valor muito baixo de auxílio por parte da prefeitura de Araci.
Mirene ficou dois meses internada no Hospital Estadual da Criança, até voltar para Araci, onde residia no povoado de Lagoa do Boi. Há dois meses, ela, o marido, o bebê e sua mãe, Maria Luíza, 49, vivem numa casa alugada pela prefeitura, no bairro Tiracolo, em Araci.
De renda fixa, a família tem somente R$ 290 que a mãe de Mirene recebe do programa federal Bolsa Família.
“Eu revezo no cuidado com meu filho junto com minha irmã, e faço uns bicos, mas vivemos mesmo de ajuda”, conta Gean, que também critica a falta de uma técnica de enfermagem para cuidar da esposa.
Segundo ele, depois que a jovem retornou de Feira de Santana, a prefeitura chegou a contratar uma empresa de home-care chamada Anjos do Lar, para prestar serviços de fisioterapia, enfermagem, médico clínico geral, fonoaudiologia, nutrição e técnico de enfermagem. O problema é que o serviço não é prestado de maneira regular, segundo aponta o marido.
“O técnico de enfermagem era pra ficar 24 horas, mas só ficou três dias, agora enfermeira três vezes na semana, e fisioterapeuta, nutricionista e médico uma vez por mês. Precisamos de suporte 24 horas e de muitas fraldas, ela usa muito”, reclama Gean.
Ao CORREIO, através de nota, a prefeitura de Araci informou que, além dos profissionais da empresa de home-care, a família da jovem está recebendo suporte da Assistência Social.
“Avaliaremos quais as demandas que ainda têm e faremos o possível para atendê-las. Ela foi assistida por profissionais a todo momento. O hospital e seus profissionais lamentam o atual quadro clínico da jovem. Foi lançado mão de todas técnicas possíveis para minimizar as consequências do parto”, diz o comunicado.
Uma baiana de 19 anos está em estado vegetativo há oito meses depois de um parto malsucedido, realizado no Hospital Municipal Nossa Senhora da Conceição, em Araci, cidade de 54 mil habitantes, no Nordeste do estado.
Mirene Santos da Silva, segundo a família, teve o útero extraído junto com a placenta no momento do parto, o que causou hemorragia, parada respiratória e convulsões. A gravidez dela, conforme mostram exames de pré-natal da jovem, era considerada normal.
O marido, Gean Guimarães da Silva, 21, disse que o parto em Araci era para ter sido cesárea.
“Insistiram em fazer normal, mesmo com o útero dela estando invertido. O útero ficou retorcido e foi arrancado, e ela perdeu muito sangue”, conta.
Ela deu à luz a um menino, Jordan, que não teve sequelas.
Logo após a intervenção cirúrgica, a jovem, que era dona de casa, foi levada às pressas para o Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana, onde ficou por 15 dias entubada e entrou em estado vegetativo. O único movimento que ela faz é abrir os olhos. A família disse que foi informada pelos médicos de que “apenas um milagre pode reverter o caso dela”.
O estado vegetativo, que é diferente do coma, acontece quando uma pessoa está acordada, mas não está consciente e não apresenta movimentos voluntários, sem conseguir interagir com as pessoas ao seu redor.
Consultada sobre o assunto, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que “cumprindo determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Ministério Público, não fornece o estado de saúde e informações sobre pacientes internados na rede de assistência estadual”.
Problemas financeiros
O parto completa oito meses nesta quarta-feira (20), mas só se tornou público esta semana, quando os familiares procuraram a imprensa para denunciar que estão recebendo um valor muito baixo de auxílio por parte da prefeitura de Araci.
Mirene ficou dois meses internada no Hospital Estadual da Criança, até voltar para Araci, onde residia no povoado de Lagoa do Boi. Há dois meses, ela, o marido, o bebê e sua mãe, Maria Luíza, 49, vivem numa casa alugada pela prefeitura, no bairro Tiracolo, em Araci.
De renda fixa, a família tem somente R$ 290 que a mãe de Mirene recebe do programa federal Bolsa Família.
“Eu revezo no cuidado com meu filho junto com minha irmã, e faço uns bicos, mas vivemos mesmo de ajuda”, conta Gean, que também critica a falta de uma técnica de enfermagem para cuidar da esposa.
Segundo ele, depois que a jovem retornou de Feira de Santana, a prefeitura chegou a contratar uma empresa de home-care chamada Anjos do Lar, para prestar serviços de fisioterapia, enfermagem, médico clínico geral, fonoaudiologia, nutrição e técnico de enfermagem. O problema é que o serviço não é prestado de maneira regular, segundo aponta o marido.
“O técnico de enfermagem era pra ficar 24 horas, mas só ficou três dias, agora enfermeira três vezes na semana, e fisioterapeuta, nutricionista e médico uma vez por mês. Precisamos de suporte 24 horas e de muitas fraldas, ela usa muito”, reclama Gean.
Ao CORREIO, através de nota, a prefeitura de Araci informou que, além dos profissionais da empresa de home-care, a família da jovem está recebendo suporte da Assistência Social.
“Avaliaremos quais as demandas que ainda têm e faremos o possível para atendê-las. Ela foi assistida por profissionais a todo momento. O hospital e seus profissionais lamentam o atual quadro clínico da jovem. Foi lançado mão de todas técnicas possíveis para minimizar as consequências do parto”, diz o comunicado.
Fontes: correio24horas