A agricultura familiar baiana está crescendo e se transformando com ações e investimentos do Governo do Estado, por meio de projetos como o Pró-Semiárido e Bahia Produtiva, executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). Para alinhar e planejar as ações conjuntas a serem desenvolvidas, técnicos e dirigentes que atuam nos projetos se reuniam, nesta terça-feira (12), no Centro de Treinamento da SDR, em Salvador, Itapuã.
De acordo com o diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, a integração e articulação entre Pró-Semiárido e Bahia Produtiva “é necessária, não só porque muitas vezes acontece ações na mesma base geográfica, mas porque o governo estadual quer que esses projetos possam impactar positivamente na economia de cada município, gerando condições de renda e qualidade de vida para população”, destacou.
O Pró-Semiárido é realizado a partir de um acordo de empréstimo entre o Governo da Bahia e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com investimentos na ordem de US$ 100 milhões, voltados para erradicação da pobreza na região do semiárido baiano e fortalecimento das principais cadeias produtivas de agricultores familiares. O projeto atua em 543 comunidades rurais, localizadas em 32 municípios.
“É um momento muito especial e importantíssimo, pois são projetos estruturantes que estão no estágio avançado de execução e estamos avaliando as áreas que são comuns de investimentos. Com essa cooperação será possível potencializar e amplificar a ação de cada um”, salientou Cesar Maynart, coordenador do Pró-Semiárido.
Já o Bahia Produtiva é resultado de um acordo de empréstimo entre o Governo da Bahia e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), com investimentos na Ordem de US$ 260 milhões. O objetivo é financiar subprojetos de inclusão produtiva e acesso ao mercado, socioambientais, de abastecimento de água e esgotamento sanitário, de interesse das comunidades mais pobres da Bahia nos 27 Territórios de Identidade do Estado.
“Vamos alinhar as experiências dos dois projetos com relação a regularização fundiária, credito, assistência técnica e a elaboração dos planos de negócios e estratégias de mercado. A proposta é qualificar ainda mais a execução dos mesmos, visando acessar mercados, fazer os agricultores melhorarem suas rendas, uniformizar produtos e ter garantia de entrega, regularidade de produção e qualidade dos produtos”, afirmou Fernando Cabral, coordenador do Bahia Produtiva.
ATER
Ambos projetos começaram em 2015 e todos contam ações de assistência técnica e extensão rural (Ater), como área estratégica para o desenvolvimento produtivo das ações. “Mais do que nunca é importante alinhar todas as ações e integrar as equipes, pois a Ater é esse lugar de encontro das políticas públicas. Enxergamos a Ater presente desde a formação, plantio, colheita, segurança alimentar, acesso a crédito, mercado, ou seja, é ela está presente em todo o processo da cadeia produtiva”, pontua Célia Watanabe, gestora da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater/SDR).