Preso na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, Geddel Vieira Lima (MDB) só consegue dormir à base de tranquilizantes. A informação é da coluna Radar, da revista Veja.
O ex-ministro foi preso em setembro de 2017 após ordem judicial expedida pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, como cumprimento da Operação Cui Bono.
A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu, em janeiro, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a condenação do ex-ministro, do irmão dele, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, e do empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho.
Para Geddel, denunciado por oito crimes de lavagem de dinheiro, o pedido da PGR é que a condenação alcance 80 anos de reclusão, inicialmente em regime fechado. Já para Lúcio foram pedido 48 anos e seis meses de reclusão e uma condenação de 26 anos de prisão para Luiz Fernando.
A ação penal, que investiga os réus por lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso dos R$ 51 milhões de reais encontrados em um apartamento em Salvador, já está na fase final. No mesmo documento, Raquel Dodge defendeu a manutenção da prisão do emedebista.
A decisão acontece depois que a defesa do ex-ministro, mais uma vez, pediu a liberdade dele, alegando que o fim da instrução processual, quando são ouvidas as testemunhas e analisadas as provas, leva ao relaxamento da prisão. No entanto, a PGR alegou que existem provas suficientes da participação dos réus, entre 2010 e 2017, nos crimes elencados.