Após desistência de Renan Calheiros (MDB-CE) e de duas votações marcadas por confusões, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito presidente do Senado neste sábado (2). Ele obteve 42 votos de um total de 77. Quatro senadores não participaram.
A votação deveria ter acontecido na sexta-feira (1º), mas foi adiada para este sábado depois de muita confusão e bate-boca entre os parlamentares. Na madrugada, o ministro Dias Toffoli, do STF, determinou que a eleição fosse feita por meio de votação secreta. Apesar da determinação, muitos senadores declararam suas escolhas em voz alta no plenário.
Disputaram o cargo com Davi Alcolumbre os seguintes senadores: Ângelo Coronel (PSD-BA), Fernando Collor (Pros-AL), Esperidião Amin (PP-SC) e Reguffe (sem partido-DF). Alvaro Dias (Podemos-PR), Major Olímpio (PSL-SP) e Renan Calheiros (MDB-AL) desistiram da disputa.
Antes disso, na contagem dos votos da primeira votação deste sábado (2), foi detectada uma cédula a mais na urna. Foram computados 82 votos para um total de 81 senadores. Com a suspeita de fraude no ar, o pleito foi cancelado e todos os papéis foram triturados. Depois, os senadores discutiram e decidiram fazer uma segunda votação. Com as votações iniciadas, Renan Calheiros decidiu retirar sua candidatura alegando que processo “deslegitimado”.
Após ter sua vitória confirmada, Davi Alcolumbre discursou no plenário. “Quero agradecer a Deus a oportunidade de sentar nessa cadeira e assumo o compromisso com o Senado e com o Brasil”, afirmou o senador, antes de ponderar.
“Deixo claro que não conduzirei um Senado de revanchismo”, acrescentou o novo presidente do Senado Federal.