O Serviço de Atendimento à Rede em Ambiências Hospitalares e Domiciliares (SARAHDO), da Secretaria da Educação do Estado, já atendeu a 1.260 estudantes nessa modalidade de ensino, desde quando foi implantado em 13 de junho deste ano, com a inauguração da primeira Classe Hospitalar, no Hospital Professor Roberto Santos, em Salvador. Os resultados do SARAHDO, que também já funciona plenamente em Ilhéus, Itabuna e Feira de Santana foram apresentados nesta quinta-feira (13), para gestores escolares e professores durante o I Colóquio da rede estadual na modalidade hospitalar e domiciliar, no Instituto Anísio Teixeira (IAT).
Durante o colóquio, o superintendente de Políticas para a Educação Básica da Secretaria Estadual da Educação, Ney Campelo, fez um balanço sobre o trabalho realizado ao longo de seis meses de trabalho. “A obrigatoriedade da modalidade a partir de um decreto do governo federal mostra que nos antecipamos a essa legislação. Hoje, o serviço é um projeto sólido, que começou pelos hospitais públicos de porte e deverá chegar às policlínicas e a instituições que atendem estudantes da escola pública, como os núcleos de apoio contra o câncer. A repercussão tem sido muito positiva não só na garantia do direito à escolaridade para essas pessoas que estão afastadas por razões médicas, como também na formação dos professores para atuarem no ambiente hospitalar ou domiciliar”.
O diretor Diógenes Ribeiro, do Colégio Estadual Sete de Setembro, no bairro de Paripe, representando o Fórum de Diretores do Núcleo Territorial de Educação (NTE 26) destacou que o programa tem transformado a realidade de dois estudantes desta unidade escolar. “É com muita alegria que vejo este trabalho. Como educador e diretor de escola, acredito na inclusão da Educação e o Sete de Setembro aprendeu isto. Temos dois alunos que estão recebendo atendimento domiciliar e eles estão tendo o seu percurso formativo garantido graças à política educacional de inclusão”.
SARAHDO – A coordenadora da Modalidade das Classe Hospitalar e Domiciliar da Secretaria da Educação, Veruska Poltronieri, destacou que os principais objetivos do programa é matricular os alunos-pacientes que nunca frequentaram a escola e seus acompanhantes; assegurar os jovens e adultos hospitalizados ou enfermos e acompanhantes a continuidade de seus estudos; e reintegrar os alunos-pacientes após alta médica nas suas escolas de origem. “Este colóquio visou apresentar a toda a rede estadual os primeiros resultados dos trabalhos realizados desde a implantação desta política pública, bem como os seus marcos legais com a instituição da portaria nº 7.569 da Secretaria da Educação, que normatiza a autonomia da gestão do nosso trabalho, como estabeleceu o MEC na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 13.716, que tornou obrigatório a atendimento pedagógico educacional hospitalar e domiciliar aos educandos enfermos”, destacou Veruska.
A rede estadual de ensino conta com classes hospitalares e domiciliares em funcionamento no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador; no Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus; nos Hospitais Manoel Novaes e Calixto Midlej e nos Grupos de Apoio à Criança com Câncer e ao Paciente Oncológico, em Itabuna; nos Hospitais Estadual da Criança e Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, além de atendimentos domiciliares.
Foto: Claudionor Jr