O Dia da Consciência Negra foi celebrado de forma especial, nesta terça-feira (20), pela Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) na sede da instituição, na BR-324. Abordando também o combate ao racismo institucional, a programação contou com apresentação de dança afro e exposição de fotografias produzidas pelos próprios funcionários, com o tema “A beleza do sorriso negro”. A iniciativa teve a parceria da Secretaria Municipal da Reparação (Semur).
“Ações como essa são muito importantes, pois motivam e chamam a atenção dos funcionários sobre esse tema tão importante e que não pode passar despercebido. Temos que lutar contra o racismo e pela igualdade de direitos porque, independente de cor, somos todos iguais”, afirmou o presidente da Limpurb, Leonardo Oliveira.
Salvador é uma das cidades com maior número de casos de racismo. Para Taís Moraes, 23 anos, estagiária da Limpurb, o processo de consciência negra deve ser feita todos os dias. “É necessário que aconteça não só hoje, mas em todos os dias ações como essa. Ser negro é uma luta diária e, dentro de uma empresa, é uma forma de valorização para os funcionários, que se sentem representados e ganham visibilidade”, declarou.
“O processo de consciência negra deve ser executado diariamente, mas um dia como o 20 de novembro serve como um ato em que marca um ciclo de luta e reafirma a importância de continuarmos nessa caminhada, combatendo o racismo e não nos calando. Sempre se fala sobre racismo, mas o que falta em muitas pessoas é a sensibilidade. Todos nós precisamos de respeito para que tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma o representante da Semur, Alisson Sodré.
Há 37 anos atuando como auxiliar de serviços gerais na Limpurb, Jaira França, 61 anos, deu um exemplo de autoafirmação. “Mesmo diante de todas as dificuldades, eu tenho orgulho da minha cor. As pessoas tem o costume de se rotular, mas o sangue que passa no nosso corpo é o mesmo. Somos todos iguais e precisamos nos respeitar para que possamos viver em paz”, pontuou.