Não é novidade que a capital baiana é conhecida pelos soteropolitanos e pelos turistas por suas belas praias, no entanto, toda essa beleza não impede a sujeira e poluição nos mares. Por isso, em 2013, surgiu o projeto Fundo da Folia que, nesta quinta-feira (15), completa a sua 40ª edição na Barra, capitaneado por Bernardo Mussi que realiza ações de mergulho voluntário para a limpeza do assoalho marinho.
Para Mussi, atualmente o volume de lixo no fundo do mar tem diminuído, apesar de considerar o trabalho de conscientização ‘’lento e vagaroso’’. Além disso, não esquece a trajetória árdua. ‘’No início a gente ficou um pouco desmotivado, porque a gente fazia isso regularmente sempre depois do carnaval, com uma repercussão muito grande nas redes sociais, na mídia de uma forma geral e a gente via que a questão não mudava, as pessoas continuavam jogando lixo mesmo com a sensibilização’’, afirmou.
Contudo, o mergulhador explicou a solução para conseguir minimizar o problema: ‘’a gente partiu para um projeto, o Parque Marinho da Barra, que transformou essa região numa unidade de conservação ambiental, já que a gente achava que estava enxugando gelo, a gente fazia, fazia e o resultado era muito pequeno, ínfimo, então veio essa ideia, desde 2013 a gente começou a trabalhar com isso aí e agora parece que vai sair’’.
O idealizador e todo o grupo Fundo da Folia iniciou a ação às 7h30 na escada antes do Farol da Barra e os mergulhadores caíram na água por volta das 8h, em direção à praia do hospital Espanhol. No local foram encontrados: pneus, garrafas pet, fios, borracha, latas de cerveja e refrigerante, entre outros. Desde 2010, já foram realizadas em ondina, Gamboa, Cidade Baixa e Barra.