Cerca de cem ambulantes perderão seus postos de trabalho no entorno do Centro de Abastecimento de Paripe. Os feirantes que ficam do lado de fora do espaço foram notificados pela Prefeitura de Salvador e devem sair do local em até 72 horas.
Segundo a ambulante Elizete Mendes, que trabalha no local há quase cinco anos, o problema é que os pais e mães de família que tiram de lá o seu sustento não têm para onde ir. Ela diz que a Direção do Centro de Abastecimento, na época em que estava em reforma, se comprometeu a cadastrar os ambulantes que estavam do lado de fora e colocá-los na área interna, o que não ocorreu. “Espaço no Centro tem para colocar a gente, o que falta mesmo é interesse da parte deles”, assegura Elizete.
De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Governo do Estado da Bahia (Sedur) solicitaram a organização dos comerciantes informais que estão instalados nas vias públicas e calçadas ao redor do Centro de Abastecimento de Paripe.
“Amparada pela Lei 5.503/99 e pelo Decreto 12.016/98, a Semop notificou esses ambulantes como forma de alertá-los por estarem em locais indevidos, comprometendo o ir e vir dos pedestres, a fim de iniciar um diálogo em busca de locais apropriados para realocá-los. Diante da crise econômica que abala o país, que hoje conta com mais de 13 milhões de desempregados, a Semop entende a necessidade de os ambulantes trabalharem para sustentarem suas famílias, por isso, o processo será feito com diálogo para o ordenamento e sem exclusão desses profissionais da rua”, afirma a nota enviada pela Semop.
A reportagem tentou entrar em contato com a Sedur e a Sudic, mas, até o momento, não obteve retorno.
BOCÃONEWS