O presidente Michel Temer pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (11), por meio de seus advogados, para arquivar o inquérito da Odebrecht, que apura se houve pagamento de R$ 10 milhões da empreiteira, em 2014, para o grupo do MDB ligado ao presidente. O pedido foi enviado ao ministro Edson Fachin, relator do inquérito no STF.
No relatório do delegado Tiago Delabaray, responsável pelo inquérito, existem indícios de que Temer teria recebido R$ 1,4 milhão, após pedido de Moreira Franco à Odebrecht, em 2014. Segundo a Polícia Federal, o intermediário do dinheiro a Temer seria o coronel aposentado João Batista Lima Filho.
Na peça assinada pelos advogados Frederico Barbosa e Brian Alves Prado, que defendem Temer, segundo o G1, o presidente argumenta que não há provas de ele teria recebido vantagem indevida da Odebrecht, como aponta relatório da PF entregue ao STF na semana passada.
Ainda na peça, os advogados afirmam que a PF aponta 176 ligações telefônicas entre Lima e Temer no período de 2014 em que os repasses teriam sido feitos, mas justificam que tratava-se de contato entre amigos de longa data, ao citar 176 telefonemas entre eles.
Temer é alvo do inquérito da Odebrecht e também do inquérito dos portos, que está sob a relatoria do ministro Luis Roberto Barroso no STF.