O ataque ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), esfaqueado durante um comício em Juiz de Fora, Minas Gerais, nesta quinta-feira (6), agitou o ambiente de campanha política a um mês das eleições.
Analistas políticos ouvidos pelo BNews apontam que o tabuleiro eleitoral pode ganha novas configurações.
“Depende de qual narrativa prevalecer”, explica o professor de comunicação e política da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Wilson Gomes.
O cientista político Joviniano Neto considera que a repercussão do episódio deve variar a partir da “motivação real do autor e a motivação que será atribuída a ele”, especialmente nas redes sociais, onde Bolsonaro tem diversos apoiadores.
“O fato de ser atacado fortalece diante dos que já o apoiam e pode atrair a atenção de indecisos, considerando ele como vítima”, segue.
“A curto prazo, isso fortalece a adesão dos ‘bolsonaristas’ e enfraquece o trabalho de Geraldo Alckmin de desconstrução da imagem dele. É difícil criticar alguém que foi ferido e está como vítima. Isso também pode ser usada contra o PT”, afirmou, ao lembrar da recente declaração de Bolsonaro de “fuzilar a petralhada” durante um evento no último dia 1º, no Acre.
“Isso pode aumentar o anti-petismo”, acrescentou Joviniano.