Os candidatos ao Senado Federal na chapa do governador Rui Costa (PT) (Mais Trabalho por Toda a Bahia), no pleito de 7 de outubro, conheceram os anseios dos trabalhadores baianos para o próximo ocupante do Palácio do Planalto.
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Angelo Coronel (PSD), e o ex-governador Jaques Wagner, receberam a Pauta Prioritária da Classe Trabalhadora, das mãos das lideranças das cinco Centrais Sindicais no Estado: CUT, UGT, CTB, Força Sindical e NCST. Os primeiros suplentes, os deputados federais Davidson Magalhães (PCdoB) e Bebeto (PSB), respectivamente, também participaram do ato.
O documento, contendo 22 pontos básicos de interesse dos trabalhadores, foi detalhado aos candidatos pela economista e diretora do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Ana Georgina. A regogação da Reforma Trabalhista e da PEC 95 – que congela os investimentos por 20 anos -, estão na ordem do dia das reivindicações.
O encontro aconteceu no Hotel Sol Vitória Marina, em Salvador, na noite desta quarta-feira 22, com cerca de 500 dirigentes sindicais, além candidatos a uma cadeira no Legislativo baiano.
Angelo Coronel falou das mudanças no mundo trabalho, os desafios dos próximos governantes para gerar emprego para a população com o uso das novas tecnologias, e criticou o açodamento com que a Reforma Trabalhista foi aprovada, sem o devido debate com as representações da classe laboral.
O chefe do Legislativo estadual destacou a relevância do papel da indústria para a geração de postos de trabalho no país. “Os próximos governos, federal e estaduais, terão o dever de brecar o processo de desindustrialização que empurraram o Brasil, como forma de enfrentar o flagelo do desemprego de quase 14 milhões de pessoas, apontou, o pessedista”.
O presidente da Alba ressaltou ainda a importância de os principais segmentos da economia nacional, após as eleições, buscarem construir um ambiente favorável e de união no país, visando a retomada do crescimento da economia.
Coronel lembrou o quanto tem sido positivo para a Bahia a parceria política entre o PT e PSD, iniciada no primeiro governo Wagner, para quem esta unidade tem mudado a configuração social no Estado.
“Entendo que o Brasil sairá mais maduro das urnas, com a eleição de um presidente democrático e afinado com os interesses populares. Assim como na construção de uma unidade entre o capital e o trabalho para levantar o país. Eu acredito no Brasil”, confessou, Angelo Coronel.
Jaques Wagner comentou que se sentia em casa num ambiente sindical, e lembrou os anos de diretor do Sindiquímica, sendo o primeiro presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia. Observou que o Brasil atravessa a pior crise de sua democracia, e citou as mudanças que o ex-presidente petista e candidato ao Palácio do Planalto, Lula, promoveu ao país em favor da sociedade.