Para o vereador Hilton Coelho (PSOL), as ações “violentas” da Guarda Civil Municipal contra manifestação da greve dos professores da rede municipal “exigem providências enérgicas e não apenas uma promessa do prefeito ACM Neto de que tudo será apurado”. Ele refere-se ao episódio ocorrido na última terça-feira (7), em frente à Secretaria da Educação, quando agentes da GM “agrediram covardemente professores, como fartamente divulgado por fotos e vídeos nas redes sociais e pela imprensa”.
Além de Hilton Coelho, as vereadoras Aladilce Souza (PCdoB), e Marta Rodrigues (PT) e os vereadores Silvio Humberto (PSB), Toinho Carolino e Uziel Bueno (Podemos) acionaram o Ministério Público do Estado da Bahia para que ações sejam tomadas no sentido de apurar a ocorrêcia.
“Queremos que o Executivo Municipal promova a exoneração do inspetor geral da Guarda Civil Municipal e do diretor de Segurança Urbana e Prevenção à Violência da Guarda Civil Municipal de Salvador. O inspetor Alysson Correia Carvalho e o diretor Maurício Rosa Lima encontravam-se no local no momento das agressões aos professores, demonstrando total despreparo para o diálogo e solução pacífica para os conflitos, capacidade inerente àqueles que ocupam cargo de direção”, denuncia Hilton Coelho.
Segundo ele, os vereadores querem também a instauração de procedimento disciplinar para apuração dos atos praticados pela Guarda Civil Municipal. “A atuação absurdamente truculenta e desrespeitosa da GCM-Salvador contra professores, onde contou com guardas não identificados, descaracterizados, que apontaram armas contra professores de maneira totalmente injustificada, bem como o uso injustificado de bombas e spray de pimenta, mostram-se totalmente incompatíveis com o devido serviço que a Guarda Municipal deve prestar”, frisou.
Hilton conclui que deve acontecer uma retratação formal aos professores da rede municipal em greve, dada a violência a que foram expostos: “Tendo em vista os atos extremos de violência cometidos pela Guarda Municipal e a condição de maior superior hierárquico da instituição, deve o prefeito ACM Neto manifestar-se publicamente no sentido de se retratar junto aos servidores públicos da rede municipal em greve, condenando as ações adotadas pelos gestores da GCM e pelos Guardas Municipais presentes na ação desastrosa”.
E reforça: “Para solucionar o impasse que paralisa a educação municipal, tendo em vista as reivindicações da categoria que os vereadores consideram justas, solicitamos que o prefeito ACM Neto retome a mesa de negociação com os grevistas, ouvindo suas solicitações e formulando propostas condizentes e aceitáveis para a categoria”.