No dia seguinte a Michel Temer ter atingido seu pior índice de impopularidade, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta segunda-feira (11) que a sociedade brasileira ainda será grata ao presidente.
Em evento oficial, no Palácio do Planalto, ele ressaltou que Temer tem sido alvo de “muitas injustiças” e disse que a história já tratou de maneira “dura” e “injusta” outros personagens históricos que, posteriormente, tiveram reconhecimento.
A última pesquisa Datafolha mostrou que a taxa de reprovação ao governo de Temer chegou a 82%, a mais elevada desde a redemocratização do país. Ela apontou ainda que 92% não votariam em um candidato presidencial indicado por ele.
“Além de ser um democrata, o senhor tem dado exemplos de como enfrentar e superar a crises. E aqui não basta dizer que a história reconhecerá. Mas, sem sombra de dúvidas, os brasileiros e brasileiras serão gratos por esses dias. São dias difíceis e árduos, mas que contaram com um timoneiro com seriedade e justiça”, afirmou.
Ele disse ainda que a popularidade presidencial “vem e vai” e que o presidente encontrou dificuldades no cargo, como a crise econômica econômica e o vazamento de investigações e depoimentos, no que ele chamou de um “assassinato político”.
“A injustiça vem do que chamo dos vazamentos. Vazamentos que são diários, que muitas vezes não têm uma contraparte, que representam um assassinato civil e político do presidente da República”, criticou.
Segundo ele, o que importa é que Temer deixou um legado para a história do país. “Eu já vi a história, em um primeiro momento, ser extremamente negativa, dura e injusta com personagens históricos. E, mais adiante, eles recuperaram o que contribuíram para o país”, disse.
No mesmo evento, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou à reportagem que entristece o fato de a população não conseguir “avaliar os avanços feitos pelo governo federal”.
Ele atribuiu o desempenho do presidente ao que chamou de uma “conspiração asquerosa” que faz com o ele seja “diariamente ofendido por meios de comunicação”.
“[Isso] está impedindo que a população associe à figura do presidente os avanços que foram altamente significativos. O feijão estava R$ 12, hoje está R$ 2,50. Como a população pode ter saudades do tempo que era R$ 12?”, questionou.
Com informações da Folhapress.