Terminou sem resolução a reunião entre rodoviários de Salvador e patrões, ocorrida no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na capital baiana, nesta quarta-feira (16). Pela manhã, a categoria quen discute a campanha salarial 2018, atrasou a saída de parte dos ônibus. Somente por volta das 8h, cerca de 900 ônibus começaram a circular normalmente na cidade.
“Não avançou em nada. Continua do mesmo jeito. Mesma situação que estava pela manhã. Empresários disseram que não têm nenhuma proposta para fazer. Mantiveram a contra pauta de retirada de direitos”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, ao BNews.
Questionado sobre possível paralisação do serviço nesta semana ou na próxima segunda-feira (21), o representante da categoria negou. “Amanhã não tem nada previsto. Vamos ter uma assembleia amanhã às 9 horas e outra às 15h, lá na quadra do Sindicato dos Bancários. Paralisação ainda é especulação. Tudo é definido em assembleia, a categoria é que decide. Não tem paralisação confirmada para os próximos dias. Mas, pode ser que mude após assembleias”, explicou Primo.
Em março, ao site, o superintendente da Integra, Orlando Santos, afirmou que a Associação das Empresas de Transporte de Salvador (Integra) pode devolver o serviço de transporte para o Município, pois tem amargado um prejuízo milionário. Ao site, Orlando relatou que a Integra acionou a Justiça por causa de um desequilíbrio contratual.
Nesta manhã, o diretor de Relações Sindicais do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), Jorge Castro, disse que é impossível conceder reajuste salarial de 6% e aumento de 10% no tíquete alimentação.
“Como eu posso pedir para o juiz para reequilibrar o sistema e ao mesmo tempo faço o reajuste? [O sistema] ficou totalmente desequilibrado. Estamos com dificuldade técnica e econômica muito forte. Esperamos que o Sindicato dos Rodoviários entenda isso e que não tenha. Não queremos que tenha greve”, disse em entrevista na rádio Metrópole, ao apresentador José Eduardo.