uas agentes da Vigilância Sanitária da prefeitura de Salvador foram hostilizadas durante o evento Março Mulher, realizado neste sábado (11), no Largo de Roma. As servidoras foram analisar as condições higiênicas do local e enquanto caminhavam entre as pessoas que aguardavam atendimento recebiam vaias. As servidoras foram acompanhadas por três outras pessoas da organização do evento.
Durante a ação, uma mulher se aproxima da dupla e reclama. “Aqui vocês não são bem-vindas. Aqui é do governo do estado. Vai embora. Aqui não é lugar da prefeitura”. Uma das agentes rebate: “o que tem a ver governo com prefeitura? O importante é a sociedade”, ao tempo em que a mulher retruca: “não tem sociedade nenhuma. Você é ‘intruída’ com eles”.
Ao BNews, a Secretaria Municipal de Saúde, encaminhou nota de esclarecimento informando que a visita é rotineira, como ocorre em todos os eventos inscritos na Sedur. “Todo evento realizado na cidade deve ser dado entrada na CLE – Central de Licenciamento de Eventos da Prefeitura, que envolve vários órgãos como Vigilância Sanitária e Sedur (antiga Sucom), por exemplo. Após a apresentação de toda documentação exigida, o mesmo é ou não deferido. No caso em questão teve a liberação feita pela vigilância sanitária, que realizou ao longo da semana todas as tratativas com a DIVISA (esfera estadual). A visita ao evento ocorreu de maneira rotineira, feita pela equipe do plantão dos finais de semana que percorre todas as atividades comerciais inscritas para serem realizadas na cidade no sentido de garantir as condições higiênico-sanitárias”.
Sobre as agentes, a SMS apontou que “as servidoras públicas exerciam seu papel de fiscalização”. Ainda segundo a pasta, uma delas passou mal depois da ação. “A ação constrangedora contra, primeiramente duas cidadãs, que cumpriam o exercício de sua profissão, abalou fortemente uma das mulheres que teve pico de pressão, ficou desacordada, dando entrada em unidade hospitalar para restabelecimento do quadro clínico”.
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