Um médico ortopedista da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Imbiribeira, no Recife, foi denunciado por estupro por cinco mulheres. Em pelo menos uma delas foi encontrado material orgânico masculino, conforme relata o jornal Diário de Pernambuco.
As vítimas teriam sido abusadas sexualmente dentro da própria unidade de atendimento. Outras três mulheres também teriam procurado a polícia para formalizar a denúncia do profissional de 35 anos, que está sendo investigado desde a semana passada. De acordo com informações da Polícia Civil, quatro pacientes relacionadas às acusações já foram ouvidas.
A polícia investiga se o denunciado agiu como um “serial”, devido ao padrão das ações. A sua identidade ainda não foi revelada e ele ainda não se apresentou às autoridades policiais. Como o acusado não pode ser preso em flagrante, os investigadores esperam que ele se apresenta para verificar se o material genético masculino coletado de uma das supostas vítimas, de 18 anos, coincide com o do médico.
De qualquer modo, o depoimento das vítimas e das testemunhas já consiste em provas suficientes para que o profissional seja indiciado. Há pelo menos nove anos o ortopedista e traumatologista, formado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), prestava os seus serviços naquele unidade. Ele ainda atuaria em clínicas particulares.
Além do médico ter sido afastado das funções pela direção da UPA, o Conselho Regional de Medicina (Cremepe).declarou que também abriu sindicância para investigá-lo. As denúncias teriam começado na última quarta-feira (21), com um relato de uma paciente de 19 anos que procurou a Unidade de Pronto Atendimento após um acidente doméstico e relatou ter sido abusada pelo profissional no consultório. Até a conclusão do inquérito, dentro do prazo de 30 dias, os casos seguem sob sigilo.