Um bebê morreu e pelo menos outras 16 pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira, 18, ao serem atropeladas no calçadão da Avenida Atlântica, em Copacabana, zona sul do Rio, depois que um motorista perdeu o controle de seu carro, por volta das 20h30, na altura da Rua Figueiredo de Magalhães. O automóvel invadiu a calçada e a areia.
O carro – um Hyundai HB20 preto – era dirigido por Antônio de Almeida Anaquim, de 41 anos. Ele afirmou à Polícia Civil ser epilético e ter sofrido um desmaio. Até a 0h30 de hoje não havia detalhes sobre o estado de saúde das vítimas nem o número exato delas.
Segundo testemunhas, o veículo desgovernado atravessou tanto a ciclovia como a calçada e só parou quando já estava com as quatro rodas sobre a areia. Antes da chegada da polícia, pedestres que estavam nas imediações chegaram a agredir o motorista, que tentou fugir para se proteger. Quando os policiais militares intervieram, Anaquim foi detido e conduzido para prestar depoimento na 12.ª DP (Copacabana).
Conforme os PMs, dentro do carro de Anaquim havia medicamentos para epilepsia. Após prestar depoimento, ele seria levado ao Instituto Médico-Legal (IML) para realizar exames de saúde que poderiam comprovar problema médico. Pessoas epiléticas podem dirigir automóveis, desde que comprovem não sofrer crises frequentes.
O coronel Murilo Angelotti, comandante do 17.º Batalhão da PM, em Copacabana, informou que Anaquim relatou ter sofrido um “apagão”. Testemunhas também contaram que, ao descer do veículo, Anaquim estava “meio parado” e “não esboçava reação”.