Bahia x Chapecoense, neste domingo (26), e Vitória x Flamengo, no próximo final de semana, são os jogos que encerram os trabalhos do Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos (Bepe), no Campeonato Brasileiro de 2017. As duas partidas, por serem decisivas, contarão com reforços das ações dentro e no entorno dos estádios Arena Fonte Nova e Manoel Barradas.
Até agora já foram 3.240 minutos de futebol e nenhum problema grave dentro das praças esportivas. O trabalho das equipes do Bepe começa cerca de três horas antes do jogo, com vistoria nas entradas e saídas dos estádios, preeleção com a tropa e início das revistas pessoais dos torcedores. As ações só terminam depois da saída da torcida visitante.
As organizadas dos times locais e visitantes são acompanhadas por militares e direcionadas aos seus respectivos locais. “Ficamos com guarnições monitorando todas as movimentações. Infelizmente alguns desses grupos mantém rivalidades através das redes sociais e precisam de atenção máxima”, explicou o comandante do Bepe, tenente-coronel Saulo Roberto da Costa Santos. O oficial destacou o trabalho dos postos da Polícia Civil e apoio das unidades locais com o patrulhamento ostensivo no entorno das praças.
Atribuições
Na beira do gramado, espalhados ao redor do campo, os PMs ficam com a missão de proteger os árbitros, conter possíveis distúrbios civis e impedir que torcedores exaltados busquem invadir o campo. “É um trabalho gratificante. Bom perceber nos olhares dos pais e filhos que podem curtir o seu time jogando com total segurança”, destacou o capitão Euder Nascimento, comandante da 1 Companhia do Bepe.
Em uma espécie de banco de reservas, ao lado dos utilizados pelos times, uma guarnição fica com a incumbência de proteger o árbitro e auxiliares. No início, intervalo e término eles cercam os profissionais do apito, alvos constantes de jogadores e torcedores insatisfeitos.
Quatro pinças (militares responsáveis pela captura de invasores de campo), com casacos da PM, são os ‘Usain Bolt’ do Bepe. Por que? Cabem a eles, correrem e muito atrás dos exaltados. “Tivemos casos recentes que a agilidade deles fez os atos passarem desapercebidos”, contou Euder sobre tentativas frustradas.
O comandante do Policiamento Especializado (CPE) da PM, coronel Humberto Sturaro, destacou o empenho da tropa. “Se a Bahia é referência no policiamento em grandes eventos devemos muito a essa equipe. Altamente qualificada”, concluiu.