A partir do dia 1º de outubro, unidades de saúde na capital e no interior ganharão uma iluminação especial, na cor rosa, como forma de chamar a atenção das mulheres para o rastreamento e o diagnóstico precoce do câncer de mama. A campanha do Outubro Rosa terá uma programação intensa, com a meta de realizar 20 mil mamografias no mês, ultrapassando assim a marca de 500 mil exames desde janeiro de 2015.
Também está prevista a realização de consultas, palestras, bem como um curso de radiologia, aula de ginástica e um motopasseio rosa. Uma ação inédita também será realizada em parceria com as Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons) de todo o estado. Pacientes mastectomizadas por câncer de mama e que já tiveram findado o ciclo de quimioterapia serão encaminhadas ao Hospital da Mulher para a realização de consultas e, caso haja recomendação médica, realização de cirurgia reparadora.
De acordo com o secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, “a principal causa de morte por câncer entre mulheres se dá pelo câncer de mama e o diagnóstico precoce pode levar à cura. Além disso, quando precocemente descoberto pode-se evitar o procedimento cirúrgico de retirar a mama por completo, o que, para algumas mulheres, é como uma mutilação, ou ainda evitar procedimentos complementares como quimioterapia ou radioterapia, aumentando a sobrevida dessas pacientes e reduzindo a morbidade”, afirma o secretário.
Para fazer os exames de rastreamento do câncer de mama não é necessária a solicitação médica. A campanha atende gratuitamente mulheres de 50 a 69 anos, que precisam comparecer aos locais de exame com identidade, CPF, comprovante de residência e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Caso alguma alteração seja verificada na mamografia, elas serão encaminhadas para exames complementares em unidades de referência e, quando necessário, iniciam o tratamento o quanto antes.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que na Bahia 12.900 novos casos de câncer vão acometer as mulheres em 2017, sendo 2.760 de mama e, destes, 1.000 ocorrerão em Salvador. Quando detectado em fase inicial, a doença pode alcançar até 95% de cura.