Uma viagem histórica pelos caminhos das primeiras manifestações industriais da Bahia, chegando até a implantação oficial do Polo Petroquímico de Camaçari, em 1978, é o que propõe o historiador Daniel Rebouças, autor do livro Indústria na Bahia: um olhar sobre sua história, editado pela Caramurê Publicações. A publicação será lançada no próximo dia 26, no stand da editora, no Shopping Barra, às 19 horas.
Um dia antes (25.05), a publicação terá pré-lançamento para convidados, na sede da FIEB, a partir das 18h30, como parte das comemorações programadas para marcar o Dia da Indústria.
Fruto de quatro anos de pesquisa, o livro coloca em evidência a importante participação da Bahia no início da Revolução Industrial no Brasil, e a atuação posterior das fábricas baianas em vários setores produtivos importantes, como na fabricação de tecidos, do açúcar, de charutos e nos complexos produtos químicos e petroquímicos. A publicação também sinaliza a importância e a interferência das conquistas de novas fontes de energia, como a chegada da eletricidade e a descoberta do petróleo, para o avanço do setor industrial no nosso estado.
O livro conta com alguns diferenciais. O primeiro foi a opção do autor de pesquisar não apenas as grandes unidades industriais modernas, boa parte lembradas até hoje, como Empório Industrial do Norte, Valença Industrial, Fratelli Vita e Biscoitos Tupy. Também estão presentes na obra as primeiras fábricas e manufaturas surgidas ainda no século XIX, dando a oportunidade, aos leitores de hoje, de conhecer iniciativas fabris fundamentais na época e que, sem dúvida, fizeram parte da economia e da sociedade baiana.
“Pensar uma história da indústria, recuperando essas primeiras fábricas, me permitiu mostrar a força da Bahia na industrialização do País, já relevante desde meados do século XIX”, explica Daniel Rebouças. “Essa publicação é fruto de um minucioso trabalho de pesquisa, que traz a público fatos marcantes da economia baiana nos últimos dois séculos”, afirma o presidente da FIEB, Ricardo Alban.
Outro diferencial é a ampla pesquisa documental, principalmente iconográfica, feita em arquivos e coleções públicas e particulares dentro e fora do Brasil. Nos cinco capítulos do livro, mais de 150 imagens, entre desenhos, gravuras, rótulos e fotografias, mostram a presença de longa data da indústria na Bahia, com suas chaminés pela paisagem da capital e do interior, além dos seus produtos circulando pelo País e exterior.
Junto ao resgate de várias imagens históricas, o livro procura sempre posicioná-las de forma cronológica, o que proporciona ao leitor a sensação de estar viajando no tempo.
“Indústria na Bahia, um olhar sobre sua história, é uma obra original, pois nenhuma publicação ilustrada, com acabamento de livro de arte sobre esse tema, tão abrangente, foi publicada nos últimos anos”, comenta o editor Fernando Oberlaender, da Caramurê Publicações.
Ele ressalta, ainda, que a importância da parceria entre a FIEB e as empresas Braskem e Coelba para a viabilização da obra, incluiu a contribuição na pesquisa de texto e de imagem que essas instituições, que direta ou indiretamente participam da história da economia baiana, deram para a criação do volume.
“A história das empresas que deram origem à Braskem se confunde com a narrativa da implantação do Polo de Camaçari. Por isso, nada mais natural que apoiarmos o registro deste livro, com o propósito de eternizar a história da indústria em nosso estado”, ressalta Helio Tourinho, gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia.
“ O surgimento da Coelba coincide com período de forte crescimento econômico da Bahia e industrialização. A empresa carrega o compromisso de contribuir para o desenvolvimento do estado e é por isso que nossos investimentos também passam por ações com foco em educação, eficiência energética e fortalecimento da cidadania”, revela Fernando Arronte, presidente da Coelba.
O Autor
Daniel Rebouças é professor de história e doutorando em História pela Universidade Federal da Bahia, desenvolvendo pesquisas sobre humor e política na Primeira República. Nos últimos dez anos, também tem se dedicado à iconografia e à urbanização da Bahia, com alguns livros publicados. Em co-autoria, publicou História do Petróleo na Bahia (com Cid Teixeira e Fernando Oberlaender, 2010) e Salvador: uma iconografia através dos séculos (com Fernanda Terra e Francisco Senna, 2015). Em 2016, lançou seu primeiro livro individual, Lulu Parola: crônicas e ironias, fruto de sua dissertação de mestrado e premiado no edital de Editoras Baianas, pela Fundação Cultural da Bahia. Já o livro, Indústria na Bahia: um olhar sobre sua história, é a sua segunda obra individual.
Sobre a FIEB
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB é a entidade de representação institucional do Sistema FIEB, que inclui SESI, SENAI e IEL. É uma das 27 Federações integrantes do Sistema Indústria, coordenado pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, instituição máxima do setor industrial brasileiro.
Entidade de direito privado, a FIEB articula as demandas da indústria com outros segmentos da sociedade, participa ativamente da política industrial no Estado e desenvolve ações conjuntas com a CNI. Congrega o pensamento estratégico de 42 sindicatos da indústria baiana, identificando oportunidades de melhoria da competitividade do setor.
Promove ações de defesa de interesses voltados para o crescimento e modernização da indústria, além de apoio à micro, pequena e média empresa e a interiorização do processo industrial.
Sobre a Braskem
A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, com volume anual superior a 20 milhões de toneladas, incluindo a produção de outros produtos químicos e petroquímicos básicos, e com faturamento anual de R$ 54 bilhões. Com o propósito de melhorar a vida das pessoas, criando as soluções sustentáveis da química e do plástico, a Braskem atua em mais de 70 países, conta com 8 mil integrantes e opera 40 unidades industriais, localizadas no Brasil, EUA, Alemanha e México, esta última em parceria com a mexicana Idesa.
www.linkedin.com/company/braskem
Sobre a Coelba
A história da Coelba começa no dia 28 de março de 1960, data da sua criação. Na época, a energia elétrica, na Bahia, era fornecida pelas prefeituras municipais e algumas companhias, inclusive uma estadual que atendia a Salvador e parte do Recôncavo. No primeiro ano, a Coelba atendia a 21 localidades.Ao longo do tempo, a concessionária expandiu, incorporou outras empresas do setor, foi privatizada em 1997 e hoje está presente em 415 dos 417 municípios da Bahia, com mais de 5,8 milhões de clientes. Isto significa levar energia, bem estar e o desenvolvimento que ela proporciona a mais de 14 milhões de habitantes.
A Coelba é a terceira maior distribuidora de energia elétrica do país em número de clientes e a sexta em volume de energia fornecida. A empresa ocupa ainda a primeira posição entre as concessionárias do Norte – Nordeste e é uma das três distribuidoras do Grupo Neoenergia, maior grupo privado do setor elétrico do Brasil em número de clientes.