Uma falsa notícia mobilizou a imprensa que foi em peso para o prédio do ex-ministro da secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), em função de nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Satélite.
A ação, a primeira após as delações de executivos da Odebrecht, teve como como alvos pessoas ligadas os senadores Renan Calheiros (PMDB), Eunício Oliveira (PMDB), Valdir Raupp (PMDB) e Humberto Costa (PT), os mandados de prisão foram cumpridos na Bahia, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Distrito Federal. O objetivo é investigar indícios dos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Embora os mandados tenham sido autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Lava Jato na Suprema Corte, o zum-zum-zum levou parte da imprensa para a porta do prédio de Geddel, localizado no Chame-Chame, mesmo peemedebista não tendo mais foro privilegiado. Caso haja denúncia contra ele, será julgada em primeira instância, em Curitiba. Em Salvador, um dos mandados foi cumprido no Horto Florestal, área nobre da capital.
Aos jornalistas que o procuravam, Geddel, que não desceu do seu apartamento, falou pelo interfone. O peemedebista bem a seu estilo, objetivo e ríspido, disse que “não teria operação a PF aqui”. “Vocês querem uma água, café? Porque não tem e nem vai ter operação da PF aqui. Vão passar o dia todo aí, e não vai ter matéria. Toda hora um veículo fica ligando, numa perturbação terrível”.