Um grupo de pescadores, marisqueiras e quilombolas da Ilha de Maré, em Salvador, ocupa na manhã desta terça-feira, 14, a sede da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), no Comércio, em Salvador. Eles reclamam da ampliação do Porto de Aratu e pedem políticas públicas para a localidade.
“Tem acontecido grandes derramamentos de óleo e essa contaminação está afetando a saúde da população e do pescado. A gente sobrevive da pesca e isso está diminuindo a qualidade de vida da nossa população”, reclama Eliete Paraguassu, coordenadora do movimento.
De acordo com a ela, o problema da contaminação é antigo. “Sofremos com isso desde a chegada do porto na década de 70 e não tem nenhuma política pública. É como se não existíssemos, a gente fica invisível para o resto da população de Salvador”, afirmou Eliete, inconformada.
O grupo, formado por cerca de 120 pessoas, não tem previsão para deixar a sede da Codeba.
A Codeba disse que está sensível ao movimento, mas que aguarda a pauta de revindicação do grupo para se pronunciar sobre o assunto. O órgão também afirmou que acionou a Comissão Estadual da Segurança Pública dos Portos, Terminais e Vias Navegáveis, por isso policiais federais estão no local para tentar controlar a situação.
Sobre a acusação de derramamento de óleo por conta do Porto de Aratu, a Cobeda afirmou que não recebeu nenhuma denúncia, até o momento, de que este problema estaria ocorrendo nos portos administrados pelo órgão, mas ressaltou que há terminais privados na região.