Ao ser executado por quatro homens encapuzados na noite de domingo (15), em frente à sua residência, em Monte Gordo, distrito de Camaçari, Jaguaraci Sebastião de Jesus Cruz, de 48 anos, passou a integrar a triste estatística do boletim de ocorrências da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Ele foi a centésima vítima de morte violenta em Salvador e Região Metropolitana nos primeiros 15 dias de 2017.
O número é o maior para uma primeira quinzena de janeiro desde 2013, quando foram registrados oficialmente 103 assassinatos – o mesmo deste ano. A parcial de 2017 é maior que as primeiras quinzenas de 2014, 2015 e 2016, que, respectivamente, apresentaram 97, 69 e 79 homicídios, conforme dados disponíveis no portal da pasta. Nesta terça-feira (17), o número já ultrapassa a casa das 110 mortes este ano.
Em agosto do ano passado, com base nos números estatísticos do primeiro semestre, o secretário Maurício Teles Barbosa admitiu, em entrevista ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole FM, que a taxa de homicídios registrados pela polícia apresentava aumento de 2%. Na ocasião, Barbosa reiterou que a ligação da maioria dos crimes está diretamente ligada à movimentação do tráfico de drogas. “Cada vez traficantes mais jovens querem entrar e assumir sua posição com violência”, observou.
Outro dado alarmante é o número de policiais mortos. Em quatro anos, 94 agentes públicos de segurança foram vitimados. Três na primeira quinzena de 2017.