A ex-presidente Dilma Rousseff fez um desabafo em relação ao seu sucessor, Michel Temer (PMDB) durante uma entrevista a uma rádio de Porto Alegre-RS nesta quinta-feira (13). A petista afirmou que não sente “ódio de traidor”, logo após descartar a possibilidade de disputar eleições.
“Não se pode ter ódio das pessoas porque não é no sentido pessoal que elas agem. Elas agem representando interesses e valores que não são os meus. Não tive ódio de torturador, porque vou ter ódio de traidor dentro desses processos? Não funciona assim. Ninguém pode ser movido a ódio, porque o ódio faz com que você seja capturado pelo objeto que você odeia”, disse Dilma Rousseff à Rádio Guaíba.
Apesar de ter sofrido um impeachment os direitos políticos de Dilma foram mantidos, o que ela considera uma “contradição”. “Não estou cogitando nenhuma eleição no curto prazo nem acho que isso seja uma coisa que esteja posta […] Não foi para me fazer candidata que mantiveram os meus direitos políticos. […] Acho que mostra toda a contradição deste processo”.