Claudia é investigada por intolerância religiosa por trocar “Iemanjá” por “Yeshuá” na música “Caranguejo” 28 de janeiro de 2025 | 14:31
Vereador defende Claudia Leitte e acusa o MP-BA de censura
O vereador Cezar Leite (PL) denunciou a censura ao seu direito de fala, em meio a um conturbado debate sobre a suposta intolerância religiosa da cantora Claudia Leitte, em uma audiência pública promovida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que aconteceu nesta segunda-feira (27), na sede da entidade no bairro de Nazaré, em Salvador.
Claudia é investigada por intolerância religiosa por trocar “Iemanjá” por “Yeshuá” na música “Caranguejo”. O vereador Cezar Leite, que é evangélico de tradição Batista, tem sido um constante defensor da cantora nas redes sociais e foi à audiência pública, com o objetivo de expor seu posicionamento. O que não aconteceu, porque, segundo o edil, apenas 12 pessoas, num total de 247 inscritos, tiveram vez de fala.
“Apesar de estar inscrito como foi pedido no edital, eles colocam [informam que só poderiam falar] os 12 primeiros. Não teve controle. Eu fui último da lista, de um total de 247”, disse.
Segundo o vereador representantes de religiões de matriz africana tiveram a oportunidade de discursar e opinar, mas quando uma participante evangélica teve vez, foi vaiada pelo público e teve a voz abafada pelos manifestantes que começaram a cantar.
Após o ocorrido, o edil usou sua conta no Instagram para protestar contra o ocorrido.
“Fui proibido de falar durante a audiência pública sobre o caso da cantora Claudia Leitte. Essa decisão arbitrária representa um grave ataque à liberdade de expressão e ao direito de defesa das nossas crenças e valores cristãos”, comentou o vereador em suas redes sociais.
“O que estamos presenciando é uma evidência de cristofobia e silenciamento de vozes que defendem princípios e tradições. Não nos calarem diante dessa tentativa de cesura!”, disparou Cezar.
O caso continua em desenvolvimento e o vereador promete marcar uma audiência publica na Câmara de Vereadores de Salvador, visando garantir que o direito de fala de todos os cidadãos, independentemente de suas opiniões, seja sempre respeitado.