Com o objetivo de debater uso de algas na melhoria do solo e seus impactos no cultivo agrícola, a Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) promoveu o simpósio Inovações Verdes: Tecnologias para Cultivo Sustentável e Conservação do Solo. O evento que aconteceu nesta sexta-feira (6), no auditório do Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos (Bepe), no Parque de Pituaçu, contou com a participação do diretor de Fiscalização do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Eduardo Farias Topázio, que abordou os desafios e impactos do uso de insumos químicos na agricultura familiar.
Durante a sua apresentação, o diretor destacou os riscos associados a fertilizantes e agrotóxicos. “Na agricultura, produtos sintéticos são amplamente utilizados. Os agrotóxicos, por exemplo, são originados da indústria de química fina e estão entre os mais agressivos tanto ao ser humano quanto ao meio ambiente. Esses produtos são comercializados como inseticidas, fungicidas, herbicidas, entre outros, sendo usados para controle de pragas e reguladores de crescimento,” explicou Topázio.
O diretor destacou que os herbicidas representam 48% do total de agrotóxicos utilizados, seguidos por inseticidas (25%) e fungicidas (22%). Ele também explicou a classificação de risco desses produtos, que varia de altamente perigoso (classe I) a pouco perigoso (classe IV). “A resistência das pragas agrícolas aos agrotóxicos aumenta a cada safra, o que evidencia o uso muitas vezes inadequado e em dosagens acima do recomendado. Apesar do aumento na produtividade, o custo ambiental é alto e o próprio ser humano sofre as consequências a longo prazo”, alertou Eduardo.
Para mitigar esses impactos, ele enfatizou a necessidade de maior incentivo às práticas agroecológicas, capacitação no uso de agrotóxicos e a proibição de princípios ativos comprovadamente nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Topázio também destacou o papel do Inema na proteção ambiental, com foco na fiscalização de ações que geram danos ao meio ambiente e na gestão de áreas como Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente (APPs). “Essas medidas são essenciais para garantir a sustentabilidade e a conservação do solo e dos recursos naturais,” concluiu.
Fonte: Ascom/Inema