Famílias atingidas pelas chuvas em Salvador e que estão acolhidas provisoriamente em unidades municipais de ensino participaram nesta sexta-feira (29) de um café da manhã especial promovido pela Prefeitura. A ação aconteceu em três escolas que concentram o maior número de assistidos: Coração de Jesus, na Baixa do Cacau (São Caetano), Risoleta Neves (Saramandaia) e Eufrosina Miranda, na comunidade de Voluntários da Pátria (Lobato).
O intuito é reforçar o acolhimento e oferecer um momento de conforto e apoio para os moradores que se encontram em situação de vulnerabilidade. Além disso, a iniciativa é integrada a todo suporte socioassistencial que tem sido disponibilizado nesses espaços.
Além de oferecer acolhimento para as famílias em local seguro, equipes das secretarias de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) e da Educação (Smed) prestam atendimentos disponibilizando desde a alimentação e kits de higiene até encaminhamentos para benefícios socioassistenciais, como o Auxílio Moradia e o Auxílio Emergência, caso necessário.
Diretor de Proteção Social Especial da Sempre, Wanete Carvalho esteve no café da manhã montado na escola Risoleta Neves para prestar solidariedade aos acolhidos.
“Desde o primeiro momento, toda a equipe envolvida nesse trabalho teve a capacidade de articular, de se entregar, numa atividade de amor ao próximo. Demos as mãos para fazer tudo o que for preciso para ajudar a quem precisa, de forma integrada”, reforçou.
Já a diretora escolar da Risoleta Neves, Luciene Guimarães, que atua na unidade há quase 25 anos, reforçou o apoio das equipes técnicas da Sempre e de toda comunidade para minimizar os impactos provocados pelas chuvas na região.
“Nunca imaginei passar por uma situação dessas, embora a gente esteja numa área de risco. As vítimas atingidas pelos deslizamentos eram conhecidas, então tivemos ainda mais empatia. Muitos moradores se colocaram à disposição para ajudar. Apesar do momento ser angustiante, vamos superá-lo pouco a pouco para termos de volta nossa vida cotidiana. Vai ficar para gente essa lição do alerta, do cuidado um com o outro”, refletiu.
Abrigos – No total, 11 unidades municipais realizam acolhimento provisório, totalizando, 80 pessoas assistidas atualmente. Além da Risoleta Neves (26 acolhidos), Coração de Jesus (41) e Eufrosina Miranda (8), os serviços ocorrem na escola ACM, na localidade de Bom Juá (5).
Também estão aptas para os acolhimentos as escolas Santa Terezinha, no Alto da Terezinha/Mamede; Carvalho Guedes, em Vila Picasso (Capelinha de São Caetano); Leovícia Andrade, em Calabetão; Roberto Correia, em Bosque Real (Sete Abril); Afrânio Peixoto, em Olaria (Sete de Abril); de Castelo Branco; e Irmã Dulce, em Cajazeiras VII.
“Nos colocamos à disposição para tentar fazer com que a população atingida pelas chuvas supere esse momento da melhor forma possível. Esse é um momento das secretarias agirem em articulação, mostrando nosso potencial e trabalho. E esta semana foi a prova concreta disso”, avaliou o secretário municipal da Educação, Thiago Dantas.
Funcionamento – As famílias que vivem em casas próximas a áreas de risco para deslizamentos de terra são orientadas a buscarem acolhimento provisório, sobretudo se as estruturas oferecerem algum perigo de desabamento em decorrência das chuvas.
Nas escolas que servem de abrigos temporários, os cidadãos preenchem um cadastro social e aguardam liberação da Defesa Civil para retorno às suas residências.
Além disso, os proprietários de imóveis em situação de risco podem ser encaminhados para os benefícios socioassistenciais, garantindo um suporte contínuo até que o beneficiário encontre uma solução habitacional segura.