Segundo dados recentes divulgados pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), o rebanho bovino baiano alcançou a marca de 13.180.904 cabeças, consolidando o estado como o sétimo maior produtor de bovinos do Brasil e o líder absoluto na região Nordeste.
O levantamento, feito durante a última campanha de vacinação, realizada em abril deste ano, detalha a distribuição do rebanho entre os territórios de identidade do estado, destacando os três mais produtivos. A Bacia do Rio Grande, na região Oeste, se sobressai com 1.294.905 cabeças, seguida pelo Extremo Sul com 1.109.709, e o Médio Sudoeste da Bahia, com 1.084.478.
Integrando a Bacia do Rio Grande, os três municípios com rebanhos mais expressivos são Santa Rita de Cassia, Wanderley e Cotegipe. No Extremo Sul, os destaques são os municípios de Itamaraju, Itanhém e Medeiros Neto. Já no Médio Sudoeste da Bahia, os municípios de Itarantim, Itambé e Itapetinga figuram como regiões com grande rebanho bovino.
A Adab, órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), tem desempenhado um papel fundamental nesse cenário, ao garantir a sanidade do rebanho e a qualidade dos produtos de origem animal. A agência tem intensificado ações de fiscalização e de orientação técnica, o que contribui para a melhoria dos índices produtivos e sanitários dos rebanhos.
“O crescimento do nosso rebanho bovino é resultado de um trabalho conjunto entre o governo, por meio da Seagri e Adab, e os produtores, que atuam em prol da sanidade e da qualidade dos rebanhos. A disponibilidade de grãos na região Oeste, aliada às práticas de manejo adequadas em todo o estado, impulsionam a produção e consolidam a Bahia como líder na pecuária nordestina. Esse crescimento não apenas fortalece a economia local, mas também posiciona o estado como um importante player no mercado.”
Essa elevação no número do rebanho é um indicador positivo para a economia baiana, especialmente em um momento em que a cadeia produtiva da carne bovina busca consolidar sua competitividade no mercado nacional e internacional. O crescimento do rebanho ao longo dos últimos anos resulta em maiores volumes de carne produzida e, consequentemente, em um aumento da carcaça para os pecuaristas e geração de divisas para o estado.
“Não só a forte atuação e fiscalização da Adab, mas também o compromisso do pecuarista baiano com a qualidade dos seus rebanhos, nessa parceria público-privada, com o rigoroso cumprimento das medidas sanitárias adotadas pela Adab, necessárias para evitar ou combater doenças, o que garante o crescimento e o melhoramento do nosso rebanho”, Paulo Sérgio Luz, diretor-geral.
A liderança da Bahia no Nordeste é reforçada pela capacidade de suas explorações pecuárias e pela eficiência na gestão dos produtores ao seu rebanho, com médias de bovinos por exploração pecuária que variam significativamente entre os territórios, refletindo tanto o porte das propriedades quanto a especialização em diferentes tipos de produção.
Aftosa – Graças a anos de trabalho e investimentos em sanidade animal, a Bahia conquistou, em 2024, o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Essa conquista representa um passo significativo para a pecuária baiana, pois simplifica os processos produtivos, reduz custos e, principalmente, abre portas para novos mercados. Com essa certificação, a Bahia se consolida como referência na produção de carne bovina de alta qualidade, resultado do esforço conjunto de produtores e órgãos governamentais.
Fonte: Ascom/Seagri