Moradores do distrito de Várzea da Ema, em Chorrochó, e de comunidades vizinhas participaram, na quarta-feira (23), de uma audiência pública promovida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e pela empresa Ventos de São Pascoal Energias Renováveis. O encontro apresentou os resultados do Estudo de Impacto Ambiental do Complexo Eólico Paulo Afonso Sul, que abrange as cidades de Rodelas, Canudos e Macururé. Assim, a comunidade teve a oportunidade de entender os possíveis impactos do projeto e contribuir com sugestões e questionamentos diretamente aos responsáveis.
A audiência pública, etapa importante no processo de licenciamento ambiental, proporcionou um espaço para que os moradores se envolvessem ativamente, esclarecendo suas dúvidas sobre o projeto. Organizado pelo Inema e pela Ventos de São Pascoal, o evento detalhou os resultados do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (Rima), que analisam os efeitos potenciais do complexo na região.
Conforme explicou Lolita Garrido, representante do Inema, o EIA é uma avaliação técnica que analisa os impactos de um empreendimento no meio ambiente, incluindo flora, fauna, recursos hídricos e solo. Por sua vez, o RIMA é uma versão simplificada voltada ao público, que apresenta os principais resultados do estudo, permitindo que a comunidade compreenda os efeitos do projeto e as medidas propostas para mitigar os impactos negativos.
A participação social e a transparência foram apresentadas como pilares no licenciamento ambiental, como destacou a representante do Inema. Ela ressaltou que a presença da população é vital para garantir que as decisões sobre o Complexo Eólico reflitam as necessidades e expectativas dos moradores. “O Inema se compromete a manter um diálogo com a comunidade ao longo de todo o processo, assegurando que a população tenha acesso contínuo às informações e possa acompanhar o andamento do projeto,” explica.
Em resposta a essas preocupações, João Vidal, representante do Complexo Eólico, reafirmou o compromisso da empresa com um projeto, garantindo que as preocupações da comunidade serão levadas em conta. Ele enfatizou que o complexo não apenas gerará energia limpa, mas também se dedicará a esclarecer dúvidas e ouvir a população. “Recentemente, realizamos audiências públicas para atender às demandas da comunidade e reforçar nossa transparência,” concluiu Vidal.
Durante a audiência, moradores levantaram suas preocupações sobre os impactos do projeto. Silvanete Reis, representante da comunidade de Várzea da Ema, expressou: “A comunidade compareceu porque quer estar a par do que acontece. Acredito que todas as dúvidas sobre o Complexo Eólico foram esclarecidas.” Ela manifestou ainda uma expectativa positiva em relação ao empreendimento e a esperança de que o diálogo com a empresa e o Inema continue, inclusive durante a implementação do complexo eólico.
O trabalho de mobilização para a audiência foi uma tarefa essencial do Inema, com o objetivo de criar um ambiente propício onde a população pudesse expressar suas preocupações e sugestões sobre o empreendimento. “Por meio da Coordenação de Gestão Descentralizada e Interação Social, organizamos um encontro acessível, fundamental para que a comunidade entendesse o projeto e a empresa compreendesse as preocupações e necessidades locais,” ressaltou Alexandra Sant’Anna.
Fonte: Ascom/Inema