A Secretaria da Educação do Estado (SEC) promoveu, nesta sexta-feira (16), o Dia D da Busca Ativa Escolar, nas redes estadual e municipal. A iniciativa, que integra os programas e projetos socioeducacionais do órgão estadual, em colaboração com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e os municípios, visa identificar e reintegrar ao ambiente escolar crianças, adolescentes e adultos que não estejam frequentando a sala de aula. Nas unidades de ensino, muitas atividades marcaram o dia, como rodas de conversas, caminhadas e palestras com a participação de estudantes, professores e todos os profissionais que fazem o dia a dia da educação pública na Bahia.
A SEC investe em diversos programas direcionados à assistência aos estudantes, com foco na garantia de sua permanência na escola. Inclusive, vem colocando em prática uma série de ações para aperfeiçoar sua atuação para assegurar que cada escola seja um espaço de acolhimento, de pertencimento e de garantia dos direitos ao ensino de qualidade para cada um dos estudantes baianos. Entre as atividades, é realizado o acompanhamento e monitoramento dos indicadores educacionais como forma de entender a realidade de cada uma das unidades de ensino e, assim, planejar ações que atraiam os estudantes ao ambiente escolar, garantindo sua permanência e conclusão do seu estudo.
No período da matrícula, as unidades escolares estaduais de todo o território baiano foram orientadas a adotar estratégias, como ligações telefônicas para os alunos, pais e responsáveis, além do engajamento entre os próprios estudantes como forma de incentivo aos demais colegas a se matricularem para voltar a estudar e concluir os estudos. A vice-diretora do Colégio Carlos Marighella, Jaqueline Borroni, acredita na escola como um vínculo importante para a manutenção de uma sociedade mais justa, voltada para a cidadania. Para ela, a Busca Ativa Escolar, neste contexto, trabalha para o resgate do estudante e de sua família, em um processo de parceria.
“Temos um lema especial: ninguém solta a mão de ninguém. Temos como princípio a proposta de cuidar dos estudantes. A escola deve ser um ambiente acolhedor para o jovem e sua família. Olhamos para essa garotada com muito amor e sua ausência é prontamente percebida e comunicada, seja pelos servidores, colegas ou professores. Desde o início do ano letivo, quando reunimos a família e a equipe pedagógica, já iniciamos essa orientação aos pais e responsáveis”, explica.
O estudante Gustavo Soares Dias, por exemplo, ficou afastado da escola por um período por questões pessoais. Em uma simples ligação da gestão do Colégio Estadual Carlos Marighella, realizada no início do ano, a partir da Busca Ativa, ele encontrou o suporte que precisava para retomar os estudos. “Aqui, na escola, encontro acolhimento e uma escuta diferenciada, um jeito de tratar com carinho e respeito”, conta.
Gustavo fez questão de enviar uma mensagem aos colegas que estão afastados da escola: “não se sintam sozinhos, mesmo que, às vezes, possa parecer. Na escola, encontramos suporte para lidar com nossas batalhas. Insistam no estudo. Procurem alguém da administração do colégio”, aconselha, lembrando que o acolhimento com o Busca Ativa o motivou a permanecer no ambiente escolar.
Busca Ativa Escolar
A ação é sustentada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9.394/96), que assegura o direito à educação e estabelece como objetivo fundamental “proporcionar o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação educacional e profissional”. Além disso, o programa é respaldado pela Lei do Plano Nacional de Educação (Lei n° 13.005/14) e pelo Plano Estadual de Educação da Bahia (Lei n° 13.559/16), que incluem metas e estratégias do Busca Ativa Escolar para todas as etapas e modalidades da Educação Básica.
Fonte: Ascom/SEC