O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação da Bahia (SEC), vem fortalecendo a modalidade da Educação Escolar Quilombola (EEQ) na rede estadual de ensino com uma série de investimentos, que se traduzem na implementação de ações. Alguns dos exemplos são a criação de uma coordenação, no âmbito da SEC, e a distribuição de materiais didáticos específicos, além da produção de documentos referenciais pedagógicos e curriculares.
Entre outras iniciativas que influenciam positivamente a gestão pedagógica dos 43 espaços escolares quilombolas e dos mais de quatro mil estudantes matriculados, destaque ainda para a formação continuada e direta de educadores, desde as jornadas pedagógicas aos cursos de aperfeiçoamento.
A diretora de Educação dos Povos e Comunidades Tradicionais, Poliana Reis, ressalta, também, o apoio em processos formativos dos movimentos sociais, compreendendo que a modalidade escolar quilombola está diretamente ligada aos saberes e valores ancestrais forjados no contexto local dos povos e das comunidades tradicionais. “A criação da Diretoria de Educação dos Povos e Comunidades Tradicionais, tendo como um dos espaços específicos a Coordenação de Educação Escolar Quilombola, é a efetivação do compromisso do Governo do Estado com a diversidade da população baiana”.
Poliana Reis pontua, ainda, a garantia das formações inicial e continuada específicas, bem como a distribuição de material decolonial e afrocentrado para os espaços escolares quilombolas. “Desde 2018, uma série de ações vem atendendo não só os educadores, bem como contemplando outros públicos, como lideranças quilombolas no âmbito dos territórios de identidade do Estado. Além da realização de palestras e seminários, incluímos a disponibilização de materiais didáticos, que contribuem diretamente tanto com o fazer pedagógico, quanto com o processo formativo dos nossos estudantes. Já conseguimos, inclusive, constatar resultados positivos, a exemplo da criação de dinâmicas de leitura, como os clubes de leitura e leituras compartilhadas em salas de aula”.
Para o coordenador da Educação Escolar Quilombola, Uilson Viana, “a modalidade é uma tradução dos saberes ancestrais na escola em diálogo com os saberes contemporâneos, de forma contextualizada, e a formação faz toda a diferença nessa relação”, avalia, se referindo à contribuição transformadora, que gera impactos positivos e duradouros para a preparação de cidadãos conscientes e críticos, comprometidos com a preservação de sua cultura. Neste sentido, a formação tem priorizado a aquisição, produção e distribuição de material didático como suporte pedagógico aos professores, que também vão contribuir com a formação contextualizada dos estudantes. Neste aspecto, há a opção por obras e materiais construídos e pensados na perspectiva antirracista.
Fonte: Ascom/SEC