A inclusão vem abrindo caminhos para assegurar a formação plena aos cidadãos baianos. No Centro de Atendimento Educacional Especializado Pestalozzi da Bahia (CAEEPB), instituição vinculada à Secretaria da Educação do Estado (SEC), 80 crianças e jovens autistas estão sendo beneficiados com o Projeto Aquatismo, que assegura a prática esportiva e a promoção do bem-estar para estudantes com deficiência, seja motora, visual, auditiva ou intelectual.
O professor de Educação Física e idealizador do projeto, Marco Antônio Mendes, há 30 anos trabalha com Pessoas com Deficiência (PcD). Ele ressalta que são muitos os benefícios da prática de atividades aquáticas. “A natação oferece muitas vantagens, especificamente, para o público autista, promovendo a formação de vínculos afetivos e ampliando as interações sociais, além de melhorar a coordenação e o tônus muscular, colaborando também com o desenvolvimento motor e aumentando a independência. Há uma melhora em muitos aspectos não só para o aluno, como para toda a família, promovendo a afetividade e o estreitamento de laços entre pais e filhos”, avalia.
Por meio da parceria entre a SEC e a Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), que cede o espaço da Arena Aquática, localizada no Bonocô, em Salvador, os estudantes têm acesso às aulas que acontecem todas às segundas-feiras, em quatro horários distintos. Para Damiles Silva, mãe de Lorenzo Araújo, 6 anos, o projeto é sinônimo de desenvolvimento e está fazendo a diferença para seu filho. Entre eles, a melhoria na concentração, mais tranquilidade e interação com os colegas da natação. “Desde abril, Lorenzo participa das aulas. Acredito que a dedicação dos profissionais envolvidos, aliada às técnicas desenvolvidas na piscina têm sido importantes, inclusive para mim, porque é um momento que tenho para relaxar também”, declara.
Na Bahia, a Educação Especial perpassa todas as modalidades de ensino ao acolher e atender aos estudantes com as mais variadas deficiências nas unidades escolares em todos os territórios de identidade. O acolhimento e atenção já fazem a diferença para mais de 15 mil estudantes com deficiência matriculados neste ano letivo. Para a gestora do CAEEPB, Maria Eugênia Ribeiro, em vários aspectos, a iniciativa promove ganhos e expande bastante a capacidade dos alunos. “Com a parceria entre a SEC e a Sudesb, já estamos planejando ampliar a oferta para os alunos com Transtorno do Espectro Autista de toda a rede estadual de ensino”, conclui.
Fonte: Ascom/SEC