O Auditório Jornalista Jorge Calmon, da Assembleia Legislativa, ficou pequeno nesta quarta-feira (23) para receber a quantidade de jovens que vieram participar do “III Seminário de Projetos de Melhorias do Projeto Primeiro Emprego: Impactos em Toda Bahia”. A afluência foi tanta que a Casa abriu mais duas salas destinadas normalmente às comissões para que eles pudessem acompanhar o evento, transmitido pelo canal oficial no YouTube do Governo do Estado.
O seminário foi promovido pela Secretaria da Casa Civil e pela Secretaria da Administração (Saeb), em parceria com as Fundações Luís Eduardo Magalhães (Flem) e da Estatal Saúde da Família (Fesf-SUS). Durante o encontro, ficou claro o quanto os beneficiários do programa estão contribuindo para maior qualidade da prestação do serviço público do Estado. Os projetos compartilhados foram desenvolvidos em diversas áreas temáticas, como de desenvolvimento humano, sustentabilidade, tecnologia e educação.
Segundo o professor Almerico Lima, coordenador de Acompanhamento de Políticas da Casa Civil, mais de 17 mil jovens já foram beneficiados pelo Programa Primeiro Emprego. “Esse jovem, que tem um diploma técnico nível médio, é bem preparado tecnicamente, mas não tem experiência”, explicou o professor, acrescentando: “O que ele ganha no espaço público, principalmente, é a experiência concreta no mundo do trabalho”.
A importância do seminário foi demonstrada não só pelo tamanho do público presente, mas também pela quantidade de representantes do primeiro escalão do governo na mesa de abertura do evento.
Estiveram presentes o secretário de Administração, Edelvino Góes; o secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Transporte, Davidson Magalhães; a secretária de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira; a superintendente de Recursos Humanos da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, Janaína Peralta; o diretor-geral da Fundação Estatal da Saúde da Família, Ricardo Mendonça, dentre outras autoridades.
Durante o seminário, foram exibidos vídeos de projetos de melhorias, a exemplo das “Cinco práticas valorosas para se ter animais saudáveis”, de Jamile Silva, de Serrinha, e da “Brinquedoteca”, implantada no Hospital estadual Materno-Infantil Joaquim Sampaio, localizado em Ilhéus, e de autoria de Thainá Jesus dos Santos.
Além dos vídeos, foram realizadas também apresentações orais de projetos como “Espaço interativo: biblioteca virtual”, de Higor Meiel Lopes, e de “Um Olhar pela Saúde Mental”, de Yasmin de Lira Santos. Durante a tarde, houve mais apresentações de projetos que ajudam a melhorar o serviço público, dentre eles o de “Melhoria na condição mental dos colaboradores de Caetité”, “A falta de separação dos resíduos” e “Ergonomia a favor da qualidade de vida do trabalhador”.
Uma das jovens a falar no seminário foi a técnica em agroecologia, Jamile Silva, que apresentou seu projeto que visa o bem-estar animal. Segundo ela, há cinco práticas para garantir que isso aconteça. “Os animais precisam estar livre de fome e sede, o ambiente em que vivem deve ser adequado, eles precisam estar livre de dor e doença, ter a liberdade para expressar os comportamentos naturais da espécie e estar livre de medo e de estresse”, explicou.
A exemplo de Jamile, o seminário teve uma maior presença feminina. Almerico Lima explicou a razão desta “desigualdade”. Segundo ele, a rede estadual de ensino tem dois terços de mulheres. Mas não é só isso: “Como a seleção do Programa Primeiro Emprego é baseada nas notas, acreditamos que as mulheres tenham um rendimento melhor”, afirmou. Ele explica que o programa tem 75% de presença feminina.
Almerico conta que o programa tem a vantagem de oferecer uma experiência concreta no mundo do trabalho para os jovens, com todos seus pontos positivos e negativos. “Eles melhoram a postura, o conhecimento da realidade, as relações interpessoais. Ou seja, ele ganha um estofo para encarar esse mundo tão competitivo que encontramos lá fora”, conclui ele.