O núcleo duro do Partido dos Trabalhadores (PT) aposta que os atos pela democracia desta quinta-feira possam incentivar o voto útil em Luiz Inácio Lula da Silva, candidato petista ao Palácio do Planalto, logo no primeiro turno. Ao trazer à tona a ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o sistema eleitoral brasileiro, a legenda espera atrair votos de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), também postulantes ao Palácio do Planalto, e oferecer ampla derrota ao candidato à reeleição.
Sem a presença de Lula, o salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, é palco nesta quinta-feira da leitura de dois manifestos em defesa do Estado Democrático de Direito. Um deles foi articulado pela própria faculdade; outro, pela Fiesp, que contou com a adesão da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Para Jilmar Tattto, secretário nacional de comunicação do PT, a coleta de assinaturas para as cartas em defesa da democracia podem ajudar na conquista do voto útil do PT. “A polarização entre Lula e Bolsonaro está consolidada”, afirmou, ao Broadcast Político, o candidato a deputado federal.
Nas redes sociais, Lula fez questão de se pronunciar logo cedo com a #EstadoDeDireitoSempre. “Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo. Bom dia”, publicou o candidato.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, coordenadora-geral da campanha de Lula, escreveu no Twitter que a defesa da democracia é luta de todos. “Defender a democracia é defender as condições para o povo lutar e pautar seus direitos: comida na mesa, criança na escola, estudante na universidade, gente com emprego, renda e moradia. Essa luta é de todos nós. BOLSONARO SAI DEMOCRACIA FICA”, escreveu, em caixa alta.