Que toda pessoa que tem útero viva sua menstruação sem tabus e estigmas deve ser um propósito, não apenas de marcas engajadas, mas principalmente de pais e mães dessa nova geração. Nos últimos anos, diversas marcas, como a sueca Essity, líder em soluções de higiene e saúde, têm trabalhado para quebrar barreiras e normalizar o período menstrual, promovendo inclusão, ensinando a todos sobre seus corpos, mudanças físicas e emocionais. Mas, e os pais e mães, como têm lidado com essa questão?
28 de maio é conhecido como o Dia Internacional da Higiene Menstrual e, para ilustrar a percepção da população com relação ao tema, listei 10 razões pelas quais a menstruação deve ser abordada também por homens, com base na Essentials Initiative Survey, estudo bianual realizado pela Essity, em 15 países, envolvendo mais de 15 mil pessoas.
1) Por ainda ser tratada como um tabu, a maioria das mulheres prefere não falar com os homens sobre a menstruação;
2) Porque 6 em cada 10 pais (homens) falam sobre menstruação com suas filhas, mas apenas 4 em cada 10 pais abordam o tema com seus filhos;
3) Porque as mulheres estão mais propensas a se abster de atividades sociais cotidianas durante seu período menstrual; já os homens, devido à depressão;
4) Porque a falta de acesso a produtos de cuidados femininos e a estigmatização do tema fazem com que 1 em cada 3 mulheres faltem ao trabalho ou escola devido à menstruação;
5) Porque, globalmente, pais dizem que falar sobre menstruação é função da mãe, por ser um assunto prioritariamente feminino;
6) Porque entre 8 e 12 é a idade mais aceita para educar as crianças sobre a menstruação na escola;
7) Porque menstruação não é um assunto exclusivo de mulher, mas sim de toda pessoa com útero;
8) Porque pode aproximar pais e filhos, no caso de uma transição de gênero;
9) Por ser uma questão natural e que fará parte da vida de todos que menstruam, por longos anos, deve ser tratado de forma acolhedora.
10) Porque estes pensamentos são compartilhados entre as mulheres de diferentes países
A menstruação é uma questão que não tem gênero. Portanto, promover um diálogo aberto entre meninas e meninos, tratando a higiene menstrual não apenas como uma conversa fugaz, mas colocando-a como um tema central e constante, contribuirá para que todas as pessoas com útero vivam este processo livremente.
Sobre a Especialista
Psicóloga Clínica, formada pela Universidade do Grande ABC, pós-graduada em Psicopedagoga Clínica pela Universidade de São Caetano do Sul. Certificada em Educação Parental pela Positive Discipline Association.